O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera um sucesso a iniciativa de redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca, móveis e outros produtos como laminados, luminárias e pisos. Durante reunião com representantes do comércio e da indústria, Mantega disse ter sido informado de que as vendas da linha branca cresceram 22% de janeiro a maio deste ano.
Ao ser questionado se haveria consumidor suficiente para continuar comprando bens duráveis, o ministro declarou que há novos consumidores chegando e a ampliação do mercado de trabalho dará conta dessa oferta. "Vamos criar 1,5 milhão de empregos neste ano." Mantega lembrou ainda que metade das famílias brasileiras ainda não tem máquina de lavar roupa, por exemplo.
Renúncia fiscal
A renúncia fiscal devido à desoneração do IPI para os setores industriais da linha branca e móveis e a prorrogação do PIS/Cofins para massas alimentícias chegará a R$ 684 milhões até o final do ano. Os setores têm prazos diferentes de desoneração, por isso, o cálculo é estimado até o fim de 2012, segundo o Ministério da Fazenda.
Conforme o ministério, para o setor de linha branca, o governo deixará de arrecadar R$ 180 milhões nos próximos dois meses. Do setor moveleiro, deixarão de entrar nos cofres públicos o equivalente a R$ 197 milhões nos próximos três meses. No caso da redução do IPI sobre as vendas de laminados PET (plásticos) e papel de parede, a renúncia será por três meses e chegará a R$ 22 milhões.
O governo também prorrogou a isenção do PIS/Cofins para massas alimentícias até 31 de dezembro deste ano, o que implicará uma renúncia fiscal de R$ 285 milhões. A alíquota para esse produto já tinha sido reduzida de 9,25% para zero em março e deve se manter até o final do ano.