Plano Cruzado I
Em 1985, comamorte do presidente eleito Tancredo Neves, o vice, José Sarney, assume o governo com o desafio de domar a inflação já fora de controle. Em seu primeiro ano, o índice de preços ao consumidor subiu 225,16%. Em 28 de fevereiro de 1986 foi lançado o Plano Cruzado I, que teve como princípio o congelamento de
preços por um ano. Salários também foram congelados pelo valor médio dos últimos seis meses mais abono de 8%. Um gatilho salarial fazia reajustes sempre que a inflação atingisse os 20%. A correção monetária acabou e foi criado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
Plano Cruzado II
Em 21 de novembro de 1986, Sarney lança o Plano Cruzado II. Os preços dos produtos e serviços foram liberados, foi promovido o aumento de impostos, o câmbio foi revisto e a inflação disparou.
Plano Bresser
Foi apresentado pelo ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser Pereira, sucessor de Dílson Funaro, em junho de 1987. Tinha como base o retorno do congelamento de preços, dos aluguéis e dos salários por 60 dias e tentava diminuir o déficit público. Também não deu certo.
Plano Verão
Em janeiro de 1988 Maílson da Nóbrega assume o Ministério da Fazenda e propõe uma política econômica mais branda, para tentar recompor o cenário da era pré-Sarney. Sua arma era a correção monetária para segurar uma possível hiperinflação. Não funcionou e ele lançou o Plano Verão em 15 de janeiro de 1989. Três zeros da moeda foram
cortados e foi criado o cruzado novo. O congelamento voltou, a correção monetária foi extinta de novo, foi proposta a privatização de algumas estatais e foram feitos cortes de gastos públicos. Naufragou.
Plano Collor I
Batizado oficialmente de Plano Brasil Novo, foi lançado em 16 de março de 1990, um dia depois da posse do presidente
Fernando Collor de Melo. A ministra Zélia Cardoso de Mello anunciou o bloqueio dos depósitos em aplicações
financeiras, poupança e conta corrente que excedessem CZ$ 50 mil por 18 meses. A medida foi chamada de confisco e a população renomeou a estratégia: nasceu o Plano Collor. Foi criado um imposto extraordinário e único sobre operações financeiras. O cruzado novo foi substituído pelo cruzeiro. Preços públicos foram elevados. Houve mais um congelamento. E o câmbio foi liberado. Veio a recessão. A inflação foi controlada por um período, mas voltou a subir e fechou 1990 em 1.198%.
Plano Collor II
Anunciado em 1º de fevereiro de 1991, previa mais um congelamento de preços e salários. Uma reforma financeira eliminou as aplicações overnight (feitas no open-market em um dia para resgate no dia útil seguinte) e criou os Fundos de Aplicação Financeira, que deveriam contar com pelo menos 43% de títulos governamentais. Em 29 de setembro de 1992, Collor sai da Presidência, no processo de Impeachment.
Plano Real
Itamar Franco, vice-presidente de Collor, assume a Presidência em 1º de outubro de 1992, diante da inflação em disparada e de forte recessão. Fernando Henrique Cardoso assume o Ministério da Fazenda em maio de 1993 e um mês depois anuncia o plano econômico que seria implantado em etapas. Primeiro, em fevereiro de 1994 foi criada a Unidade Real de Valor (URV), nova moeda paralela que conviveria com o cruzeiro real, criado em agosto de 1993. Em junho de 1994, uma URV valia CR$ 2.750. Em 1º de julho do mesmo ano, o real entrou em vigor, valendo US$ 1 e uma URV.