O Banco Central Europeu (BCE) encorajou nesta segunda-feira o novo governo grego, escolhido após eleições parlamentares em junho, a cumprir o programa de reformas e de ajuste fiscal acordado com credores internacionais.
A autoridade econômica europeia também alertou para o risco de demora no ajuste. “[Isso] faria a razão da dívida ante o Produto Interno Bruto [PIB] do país ultrapassar a meta dos 120% em 2020, que é o limite superior considerado viável para a Grécia", disse Jörg Asmussen, do Conselho de Administração do BCE, em uma conferência hoje em Atenas.
Segundo ele, o atraso na aplicação do programa de reformas e de austeridade “não é livre de encargos”, e vai exigir financiamento adicional por parte dos países credores.
Na opinião do conselheiro, a recessão pela qual passa o país não é efeito das medidas propostas à Grécia. “Essas dificuldades têm origem em muitos anos de políticas econômicas insustentáveis e na relutância em implementar as reformas necessárias. Com ou sem o programa, qualquer governo grego teria que seguir um programa de ajuste semelhante para recuperar a economia e restaurar a confiança dos mercados financeiros”, destacou Jörg Asmussen.