Teste feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comprovou que as próteses mamárias comercializadas no Brasil da empresa francesa Poly Implants Prothese (PIP) eram fraudadas. Os implantes utilizados no país têm maior facilidade de ruptura, porém não são tóxicas.
Ao analisar 306 amostras de silicones, a Anvisa detectou problemas de resistência em 41% desse volume. O teste ainda detectou que as próteses utilizam silicones silicones de composição diferentes, alguns não autorizados pela Vigilância Sanitária e com alto risco de vazar e provocar inflamações.
Não foi percebido, porém, que gel usado no material pudesse causar problemas para os tecidos e células dos usuários. "Quase metade dos lotes foi reprovada no quesito resistência mecânica. Elas se rompem além do que é esperado, do que é garantido quando se espera", afirmou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, durante conversa com jornalistas realizada na tarde desta segunda-feira.
A Anvisa gastou R$ 740 mil na realização do teste. Desde 2010, a Agência tinha proibido a comercialização das próteses da PIP e da Rofil, uma fabricante holandesa. Técnicos da Anvisa fizeram inspeções em 15 fábricas de próteses mamárias, sendo 13 no exterior.
Na semana passada, o Inmetro emitiu o primeiro certificado a uma empresa brasileira do setor, a Lifesil, de Curitiba. Uma segunda fabricante brasileira aguarda o certificado do instituto. Dirceu Barbano disse que agora, com a comprovação da fraude, a Anvisa irá recorrer a tribunais no País e no exterior para obter ressarcimento de empresas que importavam e comercializavam as próteses fraudadas e também aplicar nelas multa de até R$ 1,5 milhão.
Os produtos da PIP eram comercializados no Brasil desde 2005. No País, 25 mil pessoas usam próteses mamárias da empresa. Nos últimos dois anos, a Agência recebeu 674 reclamações referentes a implantes mamários. Desse total, 150 eram relativos à ruptura do implante com próteses da PIP e da Rofil. Na época, em vários países, como na França, onde ficava a sede da empresa, mulheres foram orientadas a retirar as próteses da marca. No ano passado, a Justiça decretou a prisão do dono da PIP.
Diante do escândalo mundial, a Anvisa proibiu a importação e venda das próteses mamárias da PIP no país. Ficou acertado que o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde deveriam custear a troca dos implantes rompidos. A partir daí, as empresas e importadoras interessadas em vender silicone mamário no Brasil deveriam ter um selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Na semana passada, o Inmetro concedeu a primeira certificação a um fabricante nacional, a Lifesil, localizada no Paraná.
No total, 18 fábricas têm autorização para comercializar próteses mamárias de silicone no país, sendo duas nacionais. Desde o início da polêmica com a PIP, 15 fabricantes foram inspecionadas por técnicos da Anvisa, incluindo as duas nacionais.
A Anvisa não fez testes de implantes da marca holandesa Rofil, que também usava o mesmo tipo de silicone da PIP, pois o importador não tinha mais exemplares da marca em estoque.
Fraudes à parte, o diretor-presidente da Anvisa observou que, mesmo com a fraude, no geral o número de rupturas de implantes mamários está abaixo da média aceita pelos organismos internacionais de saúde, que varia de 10% a 15%.
(Com agências)
Ao analisar 306 amostras de silicones, a Anvisa detectou problemas de resistência em 41% desse volume. O teste ainda detectou que as próteses utilizam silicones silicones de composição diferentes, alguns não autorizados pela Vigilância Sanitária e com alto risco de vazar e provocar inflamações.
Não foi percebido, porém, que gel usado no material pudesse causar problemas para os tecidos e células dos usuários. "Quase metade dos lotes foi reprovada no quesito resistência mecânica. Elas se rompem além do que é esperado, do que é garantido quando se espera", afirmou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, durante conversa com jornalistas realizada na tarde desta segunda-feira.
A Anvisa gastou R$ 740 mil na realização do teste. Desde 2010, a Agência tinha proibido a comercialização das próteses da PIP e da Rofil, uma fabricante holandesa. Técnicos da Anvisa fizeram inspeções em 15 fábricas de próteses mamárias, sendo 13 no exterior.
Na semana passada, o Inmetro emitiu o primeiro certificado a uma empresa brasileira do setor, a Lifesil, de Curitiba. Uma segunda fabricante brasileira aguarda o certificado do instituto. Dirceu Barbano disse que agora, com a comprovação da fraude, a Anvisa irá recorrer a tribunais no País e no exterior para obter ressarcimento de empresas que importavam e comercializavam as próteses fraudadas e também aplicar nelas multa de até R$ 1,5 milhão.
Os produtos da PIP eram comercializados no Brasil desde 2005. No País, 25 mil pessoas usam próteses mamárias da empresa. Nos últimos dois anos, a Agência recebeu 674 reclamações referentes a implantes mamários. Desse total, 150 eram relativos à ruptura do implante com próteses da PIP e da Rofil. Na época, em vários países, como na França, onde ficava a sede da empresa, mulheres foram orientadas a retirar as próteses da marca. No ano passado, a Justiça decretou a prisão do dono da PIP.
Diante do escândalo mundial, a Anvisa proibiu a importação e venda das próteses mamárias da PIP no país. Ficou acertado que o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde deveriam custear a troca dos implantes rompidos. A partir daí, as empresas e importadoras interessadas em vender silicone mamário no Brasil deveriam ter um selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Na semana passada, o Inmetro concedeu a primeira certificação a um fabricante nacional, a Lifesil, localizada no Paraná.
No total, 18 fábricas têm autorização para comercializar próteses mamárias de silicone no país, sendo duas nacionais. Desde o início da polêmica com a PIP, 15 fabricantes foram inspecionadas por técnicos da Anvisa, incluindo as duas nacionais.
A Anvisa não fez testes de implantes da marca holandesa Rofil, que também usava o mesmo tipo de silicone da PIP, pois o importador não tinha mais exemplares da marca em estoque.
Fraudes à parte, o diretor-presidente da Anvisa observou que, mesmo com a fraude, no geral o número de rupturas de implantes mamários está abaixo da média aceita pelos organismos internacionais de saúde, que varia de 10% a 15%.
(Com agências)