A balança comercial brasileira registrou o superávit de US$ 807 milhões no mês de junho, resultado de exportações no valor de US$ 19,354 bilhões e importações de US$ 18,547 bilhões.
Esse resultado foi o menor para o mês nos últimos 10 anos, segundo a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. Em junho de 2002, havia sido de US$ 685 milhões.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, a média diária das vendas externas foi de US$ 967,7 milhões, o que representa uma queda de 14,2% em junho ante o mesmo mês de 2011.
Nas importações, a média diária foi de US$ 927,4 milhões, valor recorde para meses de junho e 1,1% maior do que a média diária do mesmo mês em 2011.
Na quinta semana de junho, o saldo ficou positivo em US$ 862 milhões, com exportações US$ 5,219 bilhões e importações de US$ 4,357 bilhões.
No acumulado do ano (de janeiro a junho), o superávit é de US$ 7,073 bilhões, o que significa uma queda de 45,4% em relação ao saldo acumulado de janeiro a junho de 2011, quando somou US$ 12,959 bilhões. Esse também foi o pior resultado em 10 anos para o período. Em 2002, o superávit comercial no primeiro semestre foi de US$ 2,618 bilhões.
As exportações no primeiro semestre somaram US$ 117,215 bilhões e as importações, US$ 110,142 bilhões. Pela média diária, de US$ 937,7 milhões, as vendas externas no ano registram queda 1,7% em relação ao mesmo período de 2011. Nas importações, a média diária registrada subiu 3,7% totalizando US$ 881,1 milhões de janeiro a junho de 2012.
Importações
As importações de janeiro a junho de 2012 foram recorde para o período ao totalizarem US$ 110,142 bilhões. As compras brasileiras no exterior de combustíveis e lubrificantes subiram 13,7% enquanto que as importações de bens de consumo aumentaram 4,2% em relação ao mesmo período de 2011. As importações de bens de capital cresceram 4,8% enquanto que as compras internacionais de matérias primas e intermediários caíram 0,4% no período.
Do lado das exportações, houve retração nas três categorias de produtos. Os manufaturados tiveram uma retração nos embarques de 1% puxada por plataforma de perfuração e exploração, laminados planos, calçados, açúcar refinado, motores para veículos e partes, autopeças e automóveis de passageiros. Na categoria de básicos, a queda nas exportações foi de 1,4% e principalmente pela redução dos embarques de milho em grão, café em grão, minério de ferro, minério de cobre, carne de frango, farelo de soja e carne bovina. As exportações de semimanufaturados tiveram uma retração de 6,5% no primeiro semestre, sendo as maiores reduções em ferro fundido, açúcar em bruto, celulose, couros e peles e alumínio em bruto.
Mercados
No período de janeiro a junho deste ano, as exportações para a Ásia cresceram 5% e para os Estados Unidos, 16,5%. Por outro lado, as vendas externas tiveram uma queda de 7% para a União Europeia e de 14,7% para o Mercosul, principalmente por conta das vendas para a Argentina, que caíram 16% nos primeiros seis meses do ano em relação a igual período de 2011.
Do lado das importações, as compras brasileiras da Ásia aumentaram 4,2% (sendo 8,1% das compras realizadas da China); da União Europeia, 9,1%; dos Estados Unidos, 0,8% Por outro lado, as importações do Mercosul caíram 6% no primeiro semestre, sendo que a queda foi maior com a Argentina, de 8,6%.