As barreiras impostas pela Argentina para compras do exterior refletiram nas exportações brasileiras que tiveram queda de 16¨% no primeiro semestre deste ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Apesar das barreiras impostas pelo país vizinho, o secretário-executivo do ministério, Alessandro Teixeira, atribuiu o resultado a crise internacional. “Com a crise, o conflito agrava. A gente não nega, tivemos alguns percalços no processo comercial com a Argentina. Devemos ter resultado positivo para este mês de retomada de alguns produtos. O responsável é a situação econômica internacional que afeta a Argentina e está nos afetando também”.
Teixeira destacou que houve melhora no diálogo com a Argentina sobre a relação comercial entre os dois países. “As nossas negociações têm sido muito positivas nos últimos meses. Na medida em que o tempo vai passando e a gente vai conseguindo ter uma relação mais estreita nas negociações, algumas sensibilidades vão se tornando mais simples de serem tratadas”.
O secretário-executivo acredita que o tom adotado pelo governo brasileiro tem gerado resultados positivos. “O Brasil nunca deixou de ter uma posição clara e dura na defesa dos interesses nacionais. Tem horas que tem que apertar mais um pouquinho e horas que solta. Se não tiver sensibilidade, vai criar relação insustentável para as duas economias”.
Também houve redução nas exportações para a Europa Oriental (38%) e para a União Européia (7%). Em contrapartida, as vendas externas tiveram alta de US$ 2,04 bilhões no primeiro semestre. Também cresceram as exportações para a África e a China, em US$ 5,27 bilhões e US$ 1,11 bilhão, respectivamente