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Estado de Minas

Gasolina e álcool estão mais baratos em BH

Pesquisa mostra que, mesmo com reajuste da Petrobras, safra da cana-de-açúcar começa a dar trégua ao bolso dos motoristas


postado em 03/07/2012 06:00 / atualizado em 03/07/2012 07:27

Boa notícia para os motoristas de Belo Horizonte: o litro da gasolina e o do etanol ficaram mais baratos entre o fim de maio e o de junho. Pesquisa do site Mercado Mineiro divulgada ontem revela que o preço médio do primeiro combustível caiu 0,72% no período, de R$ 2,746 para R$ 2,726. No mesmo intervalo, o do álcool baixou 1,53%, de R$ 2,153 para R$ 2,12. O Minaspetro, sindicato que representa os postos de combustíveis do estado, acredita que os preços devam cair mais nas próximas semanas, uma vez que os produtores já começaram a colher a cana-de-açúcar, matéria-prima do álcool e de parte da gasolina.

Mas atenção: atualmente, a diferença nas bombas ainda é grande entre as 10 regiões da capital. No caso da gasolina, esse percentual chega a 16,74%, com o preço mínimo a R$ 2,569 e o máximo, a R$ 2,999. Em relação ao álcool, a oscilação é de 29,33%, com as cifras variando de R$ 1,855 a R$ 2,399.

Posto na Avenida dos Andradas é um dos que praticam o menor preço para a gasolina na capital mineira(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Posto na Avenida dos Andradas é um dos que praticam o menor preço para a gasolina na capital mineira (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)

“Já esperávamos pela redução. O etanol é um produto agrícola, que depende de safra, que começou em abril e vai até novembro. E a gasolina tem 20% de álcool anidro. A tendência é de preços ainda melhores”, disse o presidente do Minaspetro, Paulo Miranda. O executivo acredita que o preço médio do etanol, hoje em R$ 2,12, possa ficar abaixo de R$ 2, pressionando o da gasolina também para baixo. Neste caso, porém, ele não arrisca um valor.

A pesquisa do Mercado Mineiro foi feita nos dias 25 de maio e 28 de junho. A segunda consulta, portanto, ocorreu seis dias depois de a Petrobras ter aumentado o preço da gasolina nas refinarias. A estatal, que acumula déficit financeiro em razão da necessidade de importar boa parte do petróleo usado em suas indústrias, zerou a alíquota da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), mais conhecido como imposto dos combustíveis, para que o reajuste aplicado na refinaria não chegasse ao bolso do consumidor.

Apesar disso, boa parte da população ficou desconfiada de que as distribuidoras e donos de postos iriam aproveitar a situação para aumentar preços. O levantamento do Mercado Mineiro mostrou que ocorreu justamente o oposto. O diretor executivo do site, Feliciano Abreu, ressaltou que, durante a pesquisa, donos de postos informaram que a concorrência acirrada no setor e as férias de julho também ajudaram a puxar os preços para baixo.

“Além da safra da cana, a concorrência está cada ve)z maior, embora a frota de veículos tenha crescido bastante na cidade. E julho é sinônimo de férias, com muitas famílias viajando e pais deixando de levar seus filhos à escola de carro. Ninguém abaixa o preço de graça. A dica é continuar pesquisando”, recomendou Feliciano. O levantamento coordenado por ele revela onde estão os menores e maiores preços dos combustíveis em Belo Horizonte.

Apesar da safra da cana, no entanto, ainda não vale a pena abastecer com etanol na capital mineira, uma vez que o litro do combustível ainda custa mais de 70% do litro da gasolina.

Dica

“Gasto, em média, R$ 1,5 mil por mês com combustível. A melhor dica é pesquisar o melhor preço”, recomenda o taxista Luiz Célio do Valle, de 52 anos. Para ele, o preço do combustível ainda é muito alto na cidade. “O governo deveria cortar alguns impostos a mais, além da Cide”, defendeu.

O motorista Renato Ferreira, de 25, concorda com o taxista: “O preço nas bombas, mesmo tendo caído, pesa no nosso bolso. A melhor forma de economizar é pesquisando o valor mais em conta”. Assim como ele, Valdimir Pereira, de 42, minimizou a queda recente no preço dos combustíveis. “Desde o início do ano, para mim, o preço da gasolina, o do álcool e o do diesel subiram bastante.”


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