Os contratos de petróleo operam com altas expressivas nesta terça-feira, com o brent voltando para acima de US$ 100 por barril, em meio às renovadas tensões com relação ao Irã, à greve do setor na Noruega e às expectativas de que os bancos centrais globais implementarão mais medidas de estímulo econômico, o que pode ampliar a demanda pela commodity.
Os operadores não querem ser pegos descobertos em petróleo caso a situação do Irã piore durante o feriado do dia da Independência dos EUA, na quarta-feira. "Estamos vendo alguma cobertura de vendas a descoberto antes do feriado", afirmou um analista. "A situação do Irã parece estar piorando cada vez mais", acrescentou.
O embargo europeu ao petróleo iraniano entrou em efeito no domingo e na segunda-feira um parlamentar do país afirmou que está sendo considerado um projeto de lei para bloquear o Estreito de Ormuz. Além disso, o Irã lançou uma série de testes com mísseis capazes de alcançar alvos em Israel.
Os EUA, por sua vez, levaram novas forças para o Golfo Pérsico para manter rotas marinhas abertas, em parte com o objetivo de salvaguardar o Estreito de Ormuz, segundo informações do New York Times. O movimento pretende, em parte, garantir a Israel que o governo norte-americano está levando a sério as discussões sobre o programa nuclear do Irã.
Enquanto isso, a greve dos trabalhadores do setor na Noruega já afetou 15% da produção de petróleo do país, ou 230 mil barris diários, e 7% da produção de gás natural, ou 11,9 milhões de metros cúbicos por dia, segundo a Associação da Indústria de Petróleo norueguesa.
Às 11h26 (de Brasília), o WTI para agosto subia 4,32% na Nymex, para US$ 87,37 por barril, e o brent para agosto avançava 3,39% na ICE, para US$ 100,64 por barril. Na máxima intraday, o WTI chegou a US$ 88,04 por barril e o brent alcançou US$ 101,58 por barril. As informações são da Dow Jones.