As taxas de administração dos fundos de investimento caíram em maio, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A redução ocorreu, sobretudo, nos fundos DI e renda fixa voltados para o varejo, com baixa aplicação inicial.
Nos fundos DI para grandes investidores, que exigem investimento inicial maior, as taxas subiram. Para investimento inicial entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, a taxa média avançou de 0,61% para 0 66%. Na média geral da categoria DI, a taxa de administração fechou maio em 1,28%, ante 1,29% em abril e 1,32% em maio do ano passado.
Nos fundos de renda fixa, ocorreu queda semelhante. Para as carteiras com aplicação inicial abaixo de R$ 1 mil, por exemplo, a taxa média caiu de 2,81% ao ano para 2,65%.
A Anbima destaca que em maio, seis fundos DI e três fundos de renda fixa registraram queda nas taxas de administração. No mesmo período, nove DIs e 15 fundos de renda fixa tiveram a aplicação mínima reduzida. Como muitos cortes feitos pelos bancos em maio começaram a valer a partir de junho, a Anbima prevê nova redução das taxas no mês passado.
A redução das taxas e da aplicação inicial nos fundos foi uma forma encontrada pelas gestoras de recursos para não perder aplicadores para a poupança, em meio à queda da Selic. Como a poupança não tem taxa de administração nem Imposto de Renda passou a render mais que fundos com taxas elevadas.
Esse movimento no setor de fundos começou com a Caixa Econômica Federal, que baixou as taxas de administração e ainda cortou a aplicação inicial para R$ 10 em algumas carteiras. Em seguida, o Banco do Brasil diminuiu a aplicação inicial em dois fundos de renda fixa para R$ 1. O movimento dos bancos públicos foi acompanhado por instituições privadas, como Bradesco e Santander.