O dólar no mercado à vista abriu em queda de 0,20%, a R$ 2,0230 no balcão, mas em seguida alinhou-se à alta da moeda dos EUA no mercado futuro e no exterior. Desde 10h05, o pronto no balcão está na máxima de R$ 2,0350, alta de 0,39%. Na BM&FBovespa, o contrato futuro para agosto de 2012 renovou máximas sequenciais, até atingir R$ 2,0460 (+0,81%), reagindo ao resultado mais fraco que o esperado sobre criação de vagas nos EUA em junho. Às 10h23, o dólar agosto/12 subia 0,67%, a R$ 2,0430.
O payroll nos EUA mostrou criação de 80 mil vagas no mês passado, ante expectativas de +100 mil, enquanto a taxa de desemprego permaneceu em 8,2% como previsto. O payroll de maio foi revisado para +77 mil, de +69 mil anteriormente. Com isso, o mercado aguarda a reação do Fed no sentido de fazer ou não um nova intervenção para estimular a economia.
Logo após o dado, o euro testou uma mínima, em US$ 1,2318, diante da chance maior de uma intervenção do Federal Reserve. Às 10h24, o euro recuava a US$ 1,2327, ante US$ 1,2390 no fim da tarde de ontem. O dólar também ampliou ganhos em relação a uma cesta de seis moedas fortes. Nesse horário, estava em 83,052, de 82.805 ontem.
Aqui, o IPCA em junho ficou em 0,08%, ante 0,36% em maio - dentro das projeções do mercado (0,05% a 0,19%), mas abaixo da mediana de 0,12%. As taxas futuras de juros caem, amparadas no IPCA de junho e no indicador do mercado de trabalho nos EUA. Os agentes locais avaliam que esses números darão tranquilidade ao Banco Central brasileiro para prolongar o ciclo de relaxamento monetário para além do mês de agosto.
Os participantes locais já sabem que o piso do câmbio defendido pelo governo brasileiro é de R$ 2,00. Agora devem testar a elasticidade de alta do dólar e se o teto informal recente de R$ 2,10 será preservado ou ultrapassado.
As evidências de que a escalada da crise de dívida na zona do euro tem grande impacto na desaceleração do crescimento global já produziram na quinta-feira novos cortes de juros na China (para 6% para empréstimos de um ano) e zona do euro (para 0,75% ao ano) e uma nova ampliação da oferta de liquidez no Reino Unido.