As sacolas biodegradáveis continuam sendo cobradas do consumidor, de acordo com a Associação Mineira de Supermercados (Amis). Em nota divulgada nesta sexta-feira, a entidade afirmou que o sistema de distribuição de sacolinhas permanece inalterado e que a cobrança continua sendo direta. Ontem, o Ministério Público de Minas Gerais propôs a suspensão da cobrança pelas sacolas biodegradáveis nos supermercados com a distribuição gratuita das mesmas e das ecobags por 90 dias.
Nesse prazo seria feita uma campanha educativa com o slogan “sacola plásticas nunca mais”. A proposta foi feita pelo promotor de Defesa do Consumidor Amauri Artimos da Matta em reunião com representantes da Associação Mineira de Supermercados (Amis) e de outras entidades de classe, que tem cinco dias, ou seja, até a próxima terça-feira, para se manifestar sobre o projeto do MP.
O superintendente da Amis, Adilson Rodrigues, informou que ainda não existe um posicionamento, mas que a proposta será analisada pela instituição ainda nesta sexta e segunda-feira. A Amis também afirmou que "qualquer mudança no sistema somente se dará no futuro, após amplo entendimento e com provável período de carência para preparação e adaptação operacional". Para o promotor, a ideia principal é sinalizar o interesse em resolver as questões ambientais e não só as socioeconômicas.
Fora das normas
Audiência realizada na terça-feira na Assembleia Legislativa entre universidades, advogados e representantes do comércio mostrou que muitos consumidores estão comprando “gato por lebre”. Estudos das universidades apontam que a maioria das sacolas de plástico comercializada hoje no varejo da capital é falsa e está fora das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou seja, não está cumprindo a função ambiental, já que não são totalmente biodegradáveis.