O governo está acompanhando e avaliando a situação econômica das companhias aéreas no país, pressionadas pelo aumento do preço de combustível e pela redução no valor das passagens. A informação é do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que nesta segunda-feira inspecionou as obras de reforma no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão. No dia 26 de junho, a Gol, uma das maiores empresas do setor, anunciou que iria demitir 2,5 mil funcionários até o fim do ano.
O ministro explicou que um dos principais problemas do setor aéreo, no Brasil e no exterior, é o aumento no preço do combustível.
“Os custos têm crescido bastante mundialmente. O preço do petróleo subiu muito. Hoje corresponde em algumas companhias a 40% dos custos totais. Existe uma série de custos fixos muito elevados, difíceis de serem estruturados. Mas as companhias aéreas, pelo que nós temos conversado, estão trabalhando com isso, ajustando seus custos à necessidade. Obviamente, temos que observar e ver de que forma o setor se estrutura e se mantém a longo prazo.”
Por outro lado, Bittencourt ressaltou o momento favorável da grande procura por passagens aéreas no país, impulsionado pela ascensão econômica da população, o que ajuda ao setor como um todo.
“A grande vantagem é que tem aumentado muito a demanda e a ocupação dos aviões tem aumentado também, o que permite às companhias aéreas reduzirem seus preços de passagens. Mas obviamente temos que acompanhar, como é obrigação do governo.”
O ministro anunciou que as obras de modernização no Galeão receberão R$ 674 milhões até a Copa de 2014, com a reforma dos dois terminais de passageiros e a recuperação dos sistema de pistas e pátios. Os investimentos fazem parte da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).