A inadimplência do consumidor terminou o primeiro semestre com alta de 19,1% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado, informou nesta quarta-feira a Serasa Experian. Em junho o Indicador de Inadimplência do Consumidor subiu 15,4% em relação ao mesmo mês de 2011. Houve queda, de 0,5%, apenas sobre o índice de maio.
De acordo com a empresa, a renda do consumidor está comprometida principalmente com dívidas caras, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito, e de altos valores, como financiamento de veículos e imóveis. Em média, cada inadimplente carrega quatro dívidas não honradas e 60% têm compromissos acima de 100% da sua renda.
As principais responsáveis pela evolução da inadimplência foram as dívidas não bancárias e as feitas com bancos, que cresceram 21,6% e 22,1%, respectivamente, na comparação entre os primeiros semestres de 2011 e 2012. Juntas, responderam por 89% da alta verificada no período. Protestos e cheques sem fundos apresentaram, respectivamente, variação de 6,3% e -5,9% nos seis primeiros meses de 2012.
O valor médio das dívidas com os bancos recuou 1%, para R$ 1.294 59, enquanto as dívidas não bancárias aumentaram 16,3% no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2011, atingindo R$ 357,68. As dívidas com cheques sem fundos subiram 11,8%, para R$ 1.468,90, e o valor médio dos títulos protestados teve alta de 6,3%, para R$ 1.412,21.