A Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou nesta quarta-feira que mantém praticamente sem alterações sua previsão de demanda de petróleo para 2012, devido às tendências econômicas regionais.
Em seu relatório mensal, a Opep avalia em 88,68 milhões de barris diários (mbd) a demanda de petróleo para 2012, contra 88,69 mbd há um mês.
"Os diferentes acontecimentos econômicos no mundo quase se anulam, deixando o estado de consumo global de petróleo praticamente sem alterações com relação ao mês anterior", disse o grupo em relatório.
Os doze países da Opep, que produzem cerca de 30% do petróleo mundial, recordaram a fragilidade da recuperação nos Estados Unidos, a crise da dívida na Europa e as recentes inundações na Índia, como tendências negativas, compensadas pela atividade no Japão, incitada pelo retrocesso da energia nuclear e pelo dinamismo dos países fora da OCDE.
A organização revisou para baixo pelo segundo mês consecutivo, sua previsão de crescimento para os Estados este ano, a 2,1%, frente a 2,2% no mês anterior e 2,3% em maio.
"Isto se deve ao fato de a taxa de desemprego continuar sendo alta, à desaceleração do comércio mundial e à queda dos níveis de confiança", explica a Opep.
O grupo prevê, ao mesmo tempo, melhorias para Japão, com uma previsão de crescimento do PIB de 2,5% este ano, contra 2,0% no mês passado. Contudo, em 2013 voltará a cair a seu nível habitual (1,2%).
No que diz respeito à zona do euro, o cartel prevê voltar a crescer no próximo ano: "As medidas adotadas na zona do euro devem transformar a contração de 0,4% deste ano em um crescimento de 0,1% em 2013", diz o relatório.
"Isso vai depender em grande medida da capacidade da zona do euro para administrar a crise da dívida e promover o crescimento, ao mesmo tempo que contém o peso da dívida e, idealmente, o reduza", disse a Opep.
A nível mundial, a Opep espera um crescimento de 3,2%, ligeiramente inferior ao deste ano (3,3%).