O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira novamente que, se for necessário, o governo suspenderá as vendas de novos planos de telefonia móvel da operadora TIM, por causa do alto volume de reclamações dos usuários. As ações da companhia despencavam mais de 7% por volta de 12h30 na Bovespa, com o endurecimento do governo em relação à operadora, conforme publicou ontem e nesta quinta-feira o Grupo Estado. "Podemos (suspender as vendas), por que não? Faremos isso se ela não resolver o problema", disse o ministro.
A próxima ação, segundo Bernardo, é dar um prazo para a empresa adotar medidas para reduzir número de reclamações. "Não somos radicais e não queremos tomar uma medida duríssima. Mas se tiver que fazer, vai ser feito. Não posso simplesmente fechar os olhos", disse.
De acordo com o ministro, o número de reclamações contra a operadora que chega às Comunicações é "muito, muito grande". Ele disse que os problemas não estão generalizados por todo o País, mas que a insatisfação dos clientes está concentrada em seis ou sete Estados. "Em alguns casos, o próprio Poder Judiciário já tomou medidas", disse.
Ele acrescentou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também tem feito o seu trabalho. "Eu acho que a TIM tem que resolver o problema. Nós não queremos prejudicar a empresa. Queremos que o serviço seja expandido, que seja barato e, se vender, tem que entregar aquilo que vendeu. É essa discussão."