A Comissão Europeia criticou nesta sexta-feira o momento escolhido pela agência de classificação Moody's para rebaixar a classificação da Itália e felicitou esse país por seus esforços para melhorar suas finanças.
"Não farei comentários sobre o conteúdo do anúncio, mas o que podemos questionar é o momento escolhido", disse Simon O'Connor, porta-voz do comissário de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.
A agência de avaliação financeira rebaixou a nota do país em dois escalões, de A3 a Baa2, e manteve sua perspectiva negativa, poucas horas antes de uma emissão da dívida italiana.
As taxas de juros oferecidas pela emissão de títulos a dez anos superaram nesta sexta-feira 6%.
"Consideramos que as ações da Itália têm sido determinadas e extensas", disse O'Connor, referindo-se às medidas de "consolidação fiscal", à reforma do mercado de trabalho e à inscrição na constituição da regra de equilíbrio orçamentário. "Os esforços de reforma da Itália são impressionantes e sem precedentes", afirmou o porta-voz, enfatizando que o país tem agora que "aplicar plenamente" as medidas adotadas até o momento.