As bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, após o Produto Interno Bruto (PIB) da China vir em linha com as expectativas e alimentar esperanças de que Pequim venha a adotar novas medidas de estímulo. O índice Stoxx Europe 600 avançou hoje 1,3% para encerrar o dia aos 256,26 pontos, mais do que zerando a perda de 1,1% do pregão anterior. Na semana, o índice subiu 0,7%.
"Existe uma impressão de que os números chineses poderiam ter sido muito piores. (A China) ainda está a caminho de atingir crescimento de 7,5% este ano, o que significa dizer que o país está na trajetória certa", disse Peter Dixon, estrategista do Commerzbank. "Os mercados estão passando por um moderado momento de alívio", completou.
As ações europeias foram sustentadas também pelos bons resultados trimestrais dos bancos norte-americanos JPMorgan Chase e Wells Fargo.
Em Londres, o índice FTSE-100 subiu 1,03% e fechou aos 5.666,13 pontos. Na semana, o ganho foi de apenas 0,06%. O PIB chinês impulsionou mineradoras como a BHP Billiton (+3,1%), Rio Tinto (+3,2%) e Xstrata (+2,8%).
O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, saltou 1,46% para encerrar o pregão aos 3.180,81 pontos, garantindo uma ligeira alta de 0,38% na semana. As ações da France Telecom dispararam 5,6% nesta sexta depois de o Deutsche Bank elevar a recomendação da gigante das telecomunicações de "vender" para "manter". A Peugeot, por outro lado, despencou 7,7% depois de ter seu plano de reestruturação - que prevê a eliminação de 8 mil empregos na França - questionado por vários corretoras.
Em Frankfurt, o índice Dax fechou com a alta mais expressiva, de 2,15%, aos 6.557,10 pontos. A alta na semana também foi forte, de 2,29%. Os destaques na Alemanha hoje foram a Deutsche Telekom (+5,7%), cuja recomendação foi elevada pelo Credite Suisse, e as montadoras BMW (+3,5%) e Daimler (+3,3%).
O índice Ibex-35, de Madri, apresentou elevação mais modesta, de 0,52%, e encerrou o dia aos 6.664,60 pontos. Na semana, no entanto, a bolsa espanhola registrou perda de 1,10%. A Telefónica se destacou, com avanço de 2,5% em suas ações. Os bancos, por sua vez, tiveram perdas, com o Bankia e o BBVA caindo 7% e 2%. O setor financeiro foi atingido por dados mostrando que o volume de empréstimos tomados do Banco Central Europeu (BCE) por bancos espanhóis atingiu um novo recorde em junho.
Em Milão, o índice FTSE Mib subiu hoje 0,96%, para 13.714,68 pontos, depois de um bem sucedido leilão de bônus pelo governo da Itália e apesar da Moody's ter reduzido ontem em dois graus sua nota para a dívida soberana do país. Na semana, o índice italiano caiu 0,32%. Empresas do setor de bens de luxo foram o destaque no pregão de hoje: a Ferragamo avançou 6,6% e a Luxottica ganhou 1,9%. A Fiat, por outro lado, perdeu 3,3%.