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Estado de Minas

Com as consecutivas quedas da taxa de juros básica, renda fixa está em baixa


postado em 14/07/2012 06:00 / atualizado em 14/07/2012 07:11

Diante da queda de 0,5 ponto percentual da Selic esta semana e o aumento das apostas de que a taxa básica de juros feche o ano em 7% – contra os atuais 8% –, as alternativas de aplicação financeira passam cada vez mais longe de produtos de renda fixa. Entre eles, CDBs, títulos do tesouro direto e fundos que têm a rentabilidade diretamente atrelada à Selic. Para os especialistas, opções como fundos imobiliários, debêntures e o mercado de ações se mostram as principais saídas para a gradual retração dos ganhos.

Para o professor de economia e finanças do Instituto de Ensino e Pesquisa Insper Eduardo Rissi, os fundos imobiliários estão entre as melhores opções diante da alta liquidez e da isenção de Imposto de Renda (IR). “É um investimento em imóveis feito de uma forma mais moderna”, observa o especialista, ao desaconselhar a compra direta de apartamentos ou salas com o intuito de investir. “O mercado imobiliário já se valorizou muito nos últimos anos. Os preços estão num patamar muito elevado com possibilidade de retorno menor”, explica. Sem contar que, nesses casos, a liquidez é quase nula.

Esses fundos são compostos por grandes empreendimentos como shoppings e prédios comerciais, por exemplo, que têm o valor do bem transformado em cotas negociadas em bolsa. “O que vai remunerar esse investidor são os resultados financeiros com a operação, como o aluguel do imóvel”, observa Rissi. Os
ganhos se mostram bem mais atrativos que a renda fixa. “Líquido, o rendimento dos fundos imobiliários pode variar entre 9% e 10% ao ano, chegando a 150% do ganho com o CDI (Certificados de Depósito Interbancário)”, calcula o presidente da corretora XP Investimentos, Guilherme Benchimol.

Renda variável também surge como opção para ampliar os ganhos, apesar do momento instável da bolsa. “Para quem não tem conhecimento, esta não é a hora de aprender. Mas pode-se muito bem montar uma carteira defensiva com ações focadas em dividendos”, aconselha o professor da CMA Educacional e da BM&F Bovespa André Machado. Entre as principais companhias com bom pagamento de dividendos estão Ambev, Souza Cruz, elétricas – como Cemig e Light – e grandes operadoras de telefonia. “Essas empresas têm ações que oscilam muito pouco em relação à Bovespa e, se olharmos no longo prazo, se mostram alternativas interessantes”, pondera.

Tão interessantes quanto os fundos imobiliários, na avaliação de Rissi, estão as debêntures. “São títulos de dívidas das empresas para pagamento no longo prazo. Em geral, praticamente todas estão pagando mais que 100% do CDI”, observa.

 “Para que uma aplicação de renda fixa tenha remuneração superior à da poupança é preciso ter uma taxa administrativa muito reduzida”, observa André Machado. “Em alguns casos, só supera se o dinheiro ficar investido por meses, chegando a até 720 dias, para que possa alcançar a menor alíquota”, acrescenta. Por isso, apesar das mudanças nas regras de rendimento, com o percentual de ajuste da poupança se restringindo a 70% do valor da Selic , a forma mais conservadora de aplicação ainda se mostra interessante entre os brasileiros. Não é por acaso que somente no primeiro semestre os depósitos na caderneta superaram os saques em R$ 14,85 bilhões, o maior valor registrado para o período desde o início da série histórica, em 1995.


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