O ministro francês da Recuperação Produtiva criticou duramente nesta quarta-feira a estratégia do grupo automobilístico PSA Peugeot Citroën antes de se reunir com seu presidente para pedir explicações sobre um plano de supressão de 8.000 postos de trabalho.
"Temos um verdadeiro problema com a estratégia da Peugeot, com a aliança com a General Motors, com o comportamento dos acionistas", disse Arnaud Montebourg à emissora France Inter, poucas horas antes de se reunir com o presidente do grupo, Philippe Varin.
Montebourg também evocou as possíveis responsabilidades da principal acionista do grupo, a família Peugeot, com quem também deseja se reunir.
"Quero saber o que querem fazer com esta empresa, que é um símbolo nacional", disse o ministro.
A PSA Peugeot Citroën anunciou na semana passada um plano de supressão de 8.000 postos de trabalho, incluindo o fechamento de sua fábrica em Aulnay-sous-Bois (nos arredores de Paris), que provocou reações hostis do governo e dos sindicatos franceses.
A PSA formou no primeiro semestre do ano uma aliança estratégica e de capitalização com a americana General Motors.
"Para onde vai a PSA? Para onde querem nos levar? Lembro que há três anos, em 2009, 1.700 assalariados de Rennes (oeste da França) já perderam seu emprego. Caso se trate de voltar a começar em três anos, diremos que não", disse o ministro, que afirma não ter confiança na direção da empresa.
Montebourg repetiu que espera as conclusões de um especialista nomeado pelo governo para estudar a situação da empresa e cujas conclusões são esperadas no fim de julho.