O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira que liberou R$ 9,7 bilhões em maio, valor praticamente estável em relação a igual mês de 2011. De janeiro a maio, os desembolsos do banco de fomento somaram R$ 43 8 bilhões, aumento de 1% na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.
O setor de infraestrutura respondeu por 39% das liberações globais de janeiro a maio. Segundo o BNDES, os segmentos de energia elétrica, telecomunicações e transporte ferroviário lideraram a área de infraestrutura. Já a indústria teve participação de 26% nos desembolsos até maio, impulsionada por projetos de papel e celulose, têxtil e vestuário e metalurgia.
Pela ótica do porte das firmas, as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) responderam por 39% dos desembolsos totais do BNDES nos primeiros cinco meses de 2012. As MPMEs receberam R$ 17,2 bilhões em financiamentos, com 384 mil operações realizadas no período. Isso representa 95% do total global de operações efetuadas pela instituição entre janeiro e maio.
O Cartão BNDES, modalidade de crédito pré-aprovado para a compra de equipamentos e insumos, destinado sobretudo às empresas de menor porte, registrou desembolsos de R$ 3,7 bilhões de janeiro a maio.
Em nota, o BNDES informou ainda que o total de consultas por financiamentos atingiu R$ 92,5 bilhões de janeiro a maio, expansão de 27% em relação a igual período de 2011. O crescimento das consultas, segundo o banco de fomento, abrange todos os setores econômicos: agropecuária, indústria, infraestrutura e comércio e serviços.
Em relação às consultas, na indústria, um dos destaques foi o segmento químico e petroquímico. Já na infraestrutura, os segmentos de construção, serviços de utilidade pública e transportes registraram os resultados mais expressivos.
Já em relação aos enquadramentos de projetos, o banco de fomento também apontou crescimento generalizado, com expansão total de 13% até maio último. O enquadramento é a etapa imediatamente posterior à consulta e, segundo o BNDES, serve de termômetro da disposição de investimento do setor empresarial.