As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, zerando os ganhos registrados em julho. Os mercados acionários foram pressionados pelos renovados temores com a Europa, em especial a Espanha, onde uma das administrações regionais deve pedir ajuda ao governo central. Balanços corporativos também estiveram no foco dos investidores.
O índice Dow Jones caiu 120,79 pontos (-0,93%), fechando em 12.822,57 pontos. O Nasdaq recuou 40,60 pontos (-1,37%), fechando em 2.925,30 pontos. E o S&P 500 teve retração de 13,85 pontos (-1,01%), fechando a 1.362,66 pontos. Com os resultados de hoje, o Dow Jones agora acumula perda de 0,5% em julho, enquanto o Nasdaq recua 0,3% neste mês. O S&P ainda está no positivo, mas com uma alta acumulada de apenas 0,1%.
O governo da Espanha reviu sua projeção para a economia do país e agora acredita que a recessão deve se estender para o ano que vem. Em uma entrevista à imprensa, o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro, disse que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter contração de cerca de 0,5% em 2013, em vez da expansão de 0,2% prevista anteriormente. Além disso, o governo da região autônoma de Valência informou que solicitará ajuda financeira do fundo recém-criado pelo governo central diante das dificuldades para refinanciar dívidas.
Notícias corporativas também impactaram os mercados nessa sexta-feira. "A maioria das ações com melhor e pior desempenho foi guiada pelos balanços", afirma Dan Greenhaus, estrategista-chefe global da BTIG. Alguns exemplos citados por ele são SanDisk Corp. (+10,32%) e Chipotle Mexican Grill (-21,51%), que divulgaram balanços trimestrais.
Dos dez setores do S&P 500, oito fecharam no vermelho. O destaque negativo é o setor financeiro (Bank of America -2,62%, Citigroup -2,71%, JPMorgan -1,63% e Morgan Stanley -3,55%). Já o Google avançou 2,99%, após divulgar seu balanço na noite de quinta-feira, que superou as expectativas. A General Electric, que também reportou números trimestrais acima do esperado, teve valorização de 0,35%.
"Os resultados corporativos têm sido divergentes, mas o tom comum tem sido a superação de expectativas reduzidas. As notícias para a companhias de tecnologia não são tão boas, nem as previsões para a segunda metade do ano. Mas, apesar disso, essas companhias definiram melhor nos últimos dias como serão os próximos trimestres, e essa previsibilidade maior ajudou a melhorar o sentimento dos investidores", comenta Lawrence Creatura, gestor de portfólio da Federated Investors. As informações são da Dow Jones.