O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil foi de 120.440 em junho, conforme informou nesta segunda-feira o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo líquido de empregos criados foi o pior para o mês desde 2009 (saldo de 119.945), auge dos impactos da crise financeira internacional sobre o Brasil.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelaram que assinaram contratos formais 1.732.327 trabalhadores no mês passado, enquanto 1.611.887 foram desligados.
O resultado veio abaixo das estimativas coletadas pelo AE Projeções com 13 instituições do mercado financeiro. O grupo projetava de 125 mil a 166 mil novos postos de trabalho no mês passado. Com base neste intervalo, a mediana das previsões ficou em 139.500.
No acumulado do primeiro semestre, o volume de contratações formais é de 1.047.914 postos, levando em conta os ajustes já feitos nos meses anteriores, que incluem as declarações entregues pelas empresas ao MTE fora do prazo.
Queda brusca
O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil em junho apresentou uma queda de 44,08% na comparação com o mesmo mês de 2011. No mês passado, foram geradas 120.440 vagas formais no País, enquanto em junho do ano passado esse saldo foi de 215.393. No mesmo mês de 2010, o resultado ficou em 212.952, revelando que o dado de junho de 2012 foi o pior desde 2009 - quando a criação de postos formais foi de 119.495.
Na divulgação de hoje. o ministério não revelou os resultados mensais com ajuste. As comparações, portanto, são referentes aos números sem ajuste, ou seja, sem o complemento das informações que foram passadas pelas empresas fora do prazo.