Após a reunião com o presidente da Claro, Carlos Zenteno, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a companhia o convenceu de que está com boas intenções e quer resolver logo a situação que levou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a suspender as vendas de novos planos da empresa em Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
O ministro mostrou três calhamaços de planilhas e dados entregues por Zenteno, que expressou preocupação com a duração da medida, mas frisou que a decisão de retirar a suspensão caberá somente à Anatel. Bernardo destacou que a Claro demonstrou iniciativas de compartilhamento de torres e infraestrutura, lembrando que o governo deve editar em breve um regulamento para essa alternativa, que solucionaria em parte o problema de dificuldades de instalação de novas antenas. "Não tem como obrigar, mas é uma burrice não compartilhar."
Promoções
Depois do encontro com Bernardo, Zenteno afirmou que a Claro não irá desistir de oferta ou de promoção que estavam planejadas para o segundo semestre nos mercados onde foi temporariamente suspensa. Segundo o executivo, a empresa tem 25,6% de participação no mercado paulista (20% na capital e 32,46% no interior) e tem capacidade para continuar em expansão.
"Toda a nossa rede já funciona na plataforma IP e contamos com mais de 90 mil quilômetros de fibras óticas da Embratel para ligações de longa distância e dados. Nossa capacidade é muito grande", disse o executivo.