As preocupações com a situação das economias da Grécia e Espanha voltaram a assombrar os mercados nesta segunda-feira, fazendo a Bovespa retroceder ao nível dos 53 mil pontos, com direito a cravar a mínima intraday do ano, durante a manhã. Além disso, dúvidas sobre a magnitude da desaceleração chinesa ajudaram a aumentar a aversão ao risco, afetando diretamente blue chips de peso no principal índice da Bolsa, como Petrobras e Vale.
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa de 2,14%, aos 53.033,96 pontos, menor pontuação desde 28 de junho (52.652,25). Na mínima, o índice caiu 3,66%, aos 52.213 pontos, enquanto, na máxima, marcou 54.183 pontos (-0,02%). Com isso, a Bovespa acumula perda de 2,43% no mês de julho, e desvalorização de 6,55% no ano. O giro financeiro somou R$ 5,400 bilhões.
A Grécia também voltou ao foco dos mercados, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou para a União Europeia que não participará mais da ajuda financeira ao governo grego, o que significa que o país pode ficar sem dinheiro em setembro.
Na China, o conselheiro do Banco Central chinês (PBOC), Song Guoqing, previu um crescimento de 7,4% do PIB da China neste trimestre, depois de uma alta de 7,6% da economia do país no trimestre passado, configurando o sexto período seguido de desaceleração.
Nos EUA, o índice Dow Jones cedeu 0,79%, o S&P recuou 0,89% e o Nasdaq registrou desvalorização de 1,20%.
Dólar sobe em busca de proteção contra tensão europeia
Espelho do comportamento internacional das moedas desde cedo, a cotação do dólar à vista no mercado doméstico de balcão encerrou a sexta-feira em alta de 0,69%, a R$ 2,039. Lá fora, a moeda norte-americana também subiu perante as divisas consideradas de maior risco e do euro, servindo de proteção, à medida que os investidores voltam a se preocupar com a situação na Europa.
Às 17h21, o euro era cotado a US$ 1,2135, depois de ter batido a mínima de US$ 1,2067. Ainda assim, o valor era inferior ao registrado no final da tarde de sexta-feira em Nova York, de US$ 1,2155. No mesmo horário, o dólar index - relação com seis moedas fortes - tinha alta de 0,20%. No mercado futuro da BM&F, a valorização estava em 0,81%, às 17h28, com o contrato de agosto valendo R$ 2,044. Já no mercado à vista houve somente um negócio a R$ 2,043, com alta de 1,14%.