O euro opera em leve baixa ante o dólar nesta terça-feira, ainda próximo de seu menor nível em dois anos, após dados de atividade da zona do euro sugerirem a possibilidade de recessão e com preocupações sobre a delicada situação da Grécia e da Espanha ainda pesando no mercado de câmbio.
A produção das empresas da zona do euro teve contração pelo sexto mês seguido em julho, indicando que a economia dos 17 países estava fraca no começo do terceiro trimestre e poderá entrar em recessão. A leitura preliminar do índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da região ficou estável em 46,4, segundo a Markit Economics. Leituras abaixo de 50 indicam contração.
Na Alemanha, o PMI, também medido pela Markit, caiu para 47,3 em julho em uma leitura preliminar, em comparação com a leitura final de 48,1 em junho, sinalizando que a maior e mais produtiva economia do bloco também está sendo afetada pelos problemas da zona do euro.
"(O) PMI da área do euro não mudou, mas certamente não melhorou a perspectiva geral para a zona do euro, enquanto os números da Alemanha foram particularmente fracos, mostrando que os problemas das nações periféricas se tornaram um problema da região como um todo", disse Paul Robinson, chefe europeu de pesquisa cambial do Barclays, em Londres.
Por outro lado, o PMI preliminar da China, compilado pelo HSBC, subiu para 49,5 em julho, de 48,2 no mês anterior. Apesar da recuperação, a leitura de julho marcou o nono mês consecutivo de retração na atividade.
Segundo estrategistas, no entanto, a Espanha e a Grécia continuam a ser os principais vetores do mercado. Os ministros das Finanças da Espanha e Alemanha se reúnem hoje e representantes da troica - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - estão em Atenas para rever o programa de reformas atrelado à ajuda financeira concedida à Grécia.
Às 9h02 (de Brasília), o euro recuava para US$ 1,2093, ante US$ 1,2117 no fim da tarde de ontem e caía também para 94,56 ienes, de 94,98 ienes, enquanto o dólar cedia para 78,19 ienes, de 78,40 ienes. A libra, por sua vez, subia para US$ 1,5527, de US$ 1,5508. Um novo índice do dólar, o Wall Street Journal Dollar Index, que mede a moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas internacionais, operava a 72,64, de 72,61.