Caminhoneiros que circulam por Minas Gerais prometem deixar vazias as estradas do Estado nesta quarta-feira. A paralisação também deve atingir Franca, no interior de São Paulo, e Curitiba, no Paraná.
Em Minas, segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), a categoria promete adesão em massa à paralisação. Segundo o presidente regional do MUBC no Estado, José Acácio Carneiro, o protesto é contra as várias regulamentações impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Entre as medidas criticadas, estão a que regulamenta a profissão, o cadastro de autônomos e outras mudanças que, segundo o MUBC, reduziram o valor do frete pago pelas empresas. Além disso, os caminhoneiros protestam contra a alta carga de impostos. "O governo considera que um caminhoneiro lucra 40% do que fatura. Mas 50% é só para pagar o diesel", disse Carneiro.
A greve dos caminhoneiros também deve fechar três rodovias na região de Franca, no interior paulista. Pelo menos é o que pretende Jonas Elias Ferreira, que preside o Sindicato dos Caminhoneiros local. Foram definidos três pontos de atuação.
Em Curitiba, os caminhoneiros do Paraná, ao menos na visão de entidades representativas, estão divididos quanto à paralisação no Estado. O apelo de parece não ter convencido toda a categoria. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Dilmar Buerno, disse que a paralisação é equivocada. "Não é uma convocação legítima, é uma ação equivocada que não foi discutida com a categoria."