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Estado de Minas

Calote faz lucro do Itaú despencar

Resultado líquido cai mais de 5% no semestre afetado pelo aumento da inadimplência e desaceleração da economia


postado em 25/07/2012 06:00 / atualizado em 25/07/2012 07:39

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, teve lucro líquido de R$ 6,73 bilhões no primeiro semestre,  queda de 5,65% na comparação com o primeiro semestre do ano passado, informou o banco ontem. Já o segundo trimestre registrou lucro de R$ 3,304 bilhões, recuo de 8,29% na comparação com igual período de 2011. Em relação ao trimestre anterior, houve retração de 3,56%. O resultado também veio abaixo dos R$ 3,5 bilhões previstos pelos analistas e foi afetado pelo aumento da inadimplência e pela desaceleração da economia – que freia a demanda por crédito –, a exemplo do que ocorreu com o Bradesco.

O lucro trimestral foi afetado pelas elevação das despesas com provisão para devedores duvidosos, que alcançaram R$ 4,86 bilhões, com alta de 30,89% ante igual trimestre de 2011. A taxa de inadimplência atingiu 5,2%, o que representou uma alta de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 0,7 ponto percentual ante igual período de 2011.

Na segunda-feira, o Bradesco também divulgou seu balanço trimestral. O banco fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 2,83 bilhões, valor 1,7% maior que o do mesmo período de 2011. O aumento da inadimplência e a lentidão da economia também fez com que o resultado fosse abaixo do previsto.

Segundo a consultoria Economática, apesar de o lucro semestral do Itaú Unibanco ter sido maior, a rentabilidade sobre o patrimômio médio (ROE) do Bradesco é de 19,01% contra do 18,96% do concorrente. O ROE do Bradesco está em níveis de 2004, enquanto o do Unibanco é semelhante ao de 1998.

No trimestre, o Itaú Unibanco também sofreu com a venda da participação de 18,87% que detinha no banco português BPI. Isso gerou um resultado negativo de R$ 205 milhões no período. A carteira de crédito do Itaú Unibanco atingiu R$ 356,789 bilhões, com expansão de 2,71% no trimestre e de 12,56% em 12 meses.

O índice de Basileia do banco — a relação entre o quanto ele empresta e o seu patrimônio — ficou em 16,9%, com alta de 0,8 ponto percentual ante o período encerrado em março. O índice de eficiência ficou em 45%, com alta de 0,5 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior. Quanto menor esse índice, mais eficiente é um banco. Os ativos totais ficaram em R$ 888,809 bilhões, com queda de 0,89% em relação ao primeiro trimestre.

Revisão dos números


O Itaú prevê aceleração do crescimento do crédito no segundo semestre quando comparado ao primeiro período do ano – que teve expansão de 4,1%. A previsão é do diretor corporativo de Controladoria do Itaú, Rogério Calderón. A razão da expansão é a expectativa também de aceleração no crescimento da economia. Para o ano, considerando veículos, a carteira total do banco deve crescer na casa dos 10%. No segmento de financiamento de veículos, deve haver retração das operações. No final de dezembro de 2011, o saldo dessa carteira estava em R$ 60 bilhões e o banco divulgou ontem que deve fechar 2012 com saldo entre R$ 50 bilhões e R$ 52 bilhões.

A meta para a carteira total, excluindo veículos para pessoas físicas, é de expansão de 13% a 15%. Esse número foi revisto ontem. A projeção anterior era de crescimento de 14% a 17% em 2012. Em veículos, o banco está mais rigoroso na liberação de recursos desde meados de 2011.


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