Os funcionários do primeiro turno da unidade da General Motors em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, retornaram ao trabalho na manhã desta quarta-feira. Segundo os trabalhadores, eles foram informados por seus chefes por telefone na noite de terça. Reunião nesta quarta-feira com a empresa deve definir o futuro de 1,5 mil trabalhadores.
A unidade ficou um dia com a produção suspensa e toda a fábrica isolada por seguranças. A parada de ontem foi considerada pelo Sindicato dos Metalúrgicos local como sendo uma "greve patronal" e ilegal, de acordo com a entidade.
Uma reunião hoje, às 11h, na Prefeitura de São José dos Campos, com a presença do secretário de Relações do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Nascimento Melo; do prefeito Eduardo Cury (PSDB); sindicalistas e representantes da GM, deve definir o futuro dos 1,5 mil trabalhadores do setor MVA (Montagem de Veículos Automotores), podendo chegar a 2 mil demitidos, de acordo com o sindicato.
No fim da tarde de ontem, cerca de 100 metalúrgicos se reuniram em assembleia no sindicato. Em comunicado aos funcionários, na madrugada de ontem, a empresa havia pedido aos funcionários que ficassem em casa e aguardassem um retorno da GM.
Durante todo o dia de ontem a incerteza tomou conta dos funcionários. Havia a informação que a empresa estaria preparando a demissão e por isso a suspensão remunerada, que poderia chegar até quinta-feira.
A GM não informou quantos trabalhadores estão na fábrica nesta manhã, nem se ainda há algum setor parado.