Dirigentes da operadora Vivo vêm nesta quinta-feira à capital federal para discutir com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a elaboração do Plano Nacional de Ação de Melhoria da Prestação do Serviço Móvel Pessoal (SMP).
A companhia deve apresentar até 17 de agosto uma proposta com metas de aprimoramento da qualidade dos serviços durante os próximos dois anos (completamento de chamadas, diminuição de interrupções e redução das reclamações dos usuários).
De acordo com o Ministério da Justiça, 10.670 reclamações foram registradas contra a Vivo no primeiro semestre de 2012 nos Procons de 24 estados e de 214 municípios (o volume corresponde a 15,19% das reclamações contabilizadas pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor). A Vivo fica em segundo lugar, perdendo apenas para a Claro, com 26.376 queixas.
A empresa é líder do mercado de celulares com cerca de 30% dos aparelhos habilitados, equivalente a 75,7 milhões de telefones no universo de 256 milhões.
A Vivo é a quarta empresa a se reunir com a Anatel para tratar do plano de melhoria. Desde a semana passada, a Anatel já se reuniu (duas vezes separadamente) com a TIM, Oi e Claro. As três operadoras estão proibidas de vender chips e modem em diferentes estados desde segunda-feira (23) em cumprimento à medida cautelar imposta pela agência reguladora.
Apesar de não ter sido penalizada pela Anatel como as concorrentes, a Vivo é obrigada pela agência a apresentar o plano de melhoria. Caso contrário, a Anatel “adotará medidas coercitivas, podendo, inclusive, tomar decisão de suspensão de comercialização e de ativação de acessos”, conforme despacho da Superintendência de Serviços Privados da agência reguladora.