A indústria da construção teve no mês de junho o menor índice de crescimento da série histórica iniciada em 2009, registrando 47,7 pontos, contra 48,9 pontos alcançados no mês de maio. A pontuação abaixo de 50 indica resultado desfavorável, de acordo com a Confederação Nacional da Industria (CNI), que divulgou nesta quinta-feira (26) a Sondagem da Indústria da Construção. O indicador do nível de atividade foi também o menor já aferido, marcando 45,3 pontos.
A expectativa de novos empreendimentos e serviços se situou em 56,5 pontos em julho (único índice deste mês já fechado), enquanto em abril estava em 58,8 pontos. A maior pontuação da série, desde 2009, nesse quesito foi em janeiro de 2010, quando a expectativa atingiu 68,2 pontos, ano que marcou o boom da indústria da construção no país.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) aponta redução de crédito para o setor, com mais dificuldade de acesso e aumento das exigências para contratação de recursos, segundo destacou o representante da Cbic, Luis Fernando Mendes, que participou de entrevista coletiva na CNI.
Segundo a CNI, os empresários das pequenas empresas e do setor de obras de infraestrutura estão insatisfeitos com a margem de lucro e com a sua situação financeira.
A publicação mensal destaca que “o país não está crescendo como se previa no início do ano, o que frustra as previsões de investimentos e de novos empreendimentos e serviços das empresas do segmento”. A geração de emprego e renda “pela sua expressiva participação nos investimentos do país é fundamental, por isso a indústria da construção deve ser observada com atenção”.
O uso da capacidade instalada na indústria da construção caiu para 69% em junho, contra 70% do mês de maio. A pontuação do número de empregos caiu para 47,8 pontos em junho contra 50,1 em maio, de acordo com a entidade, que ouviu 426 empresas entre os dias 2 e 13 deste mês, das quais 138 de pequeno porte, 136 médias e 102 grandes.