A greve dos caminhoneiros também causou transtornos na BR-040, na altura do Parque do Rola Moça, no sentido Rio de Janeiro. Em protesto por melhores condições de trabalho, os caminhoneiros ocuparam três faixas da rodovia, na altura do trevo de Ouro Preto, no km 564. Por volta das 9h30 desta sexta-feira, o tráfego havia sido liberado, mas ainda com bastante lentidão, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os caminhoneiros se concentram também no trevo de Itabirito e Conselheiro Lafaiete e ainda na altura do Bairro Olhos D'Água, entre Anel Rodoviário e BR-040. Outra rodovia interditada é a MG-050, em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, os dois sentidos estão fechados. Por volta das 9h50, a rodovia permanecia interditada.
Os caminhoneiros bloqueiam também a Rodovia Fernão Dias em três trechos no Estado de Minas Gerais desde a madrugada desta sexta-feira. Segundo a concessionária Autopista, a pista sentido São Paulo está bloqueada no quilômetro 513, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O segundo bloqueio ocorre desde as 19 horas de quinta-feira, também na pista sentido capital paulista, no quilômetro 545, em Itatiaiuçu. Lá são 13 quilômetros de trânsito parado.
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No quilômetro 589, em Carmópolis de Minas, a rodovia também está bloqueada pelos caminhoneiros, mas em ambos os sentidos. São 9 quilômetros de congestionamento em direção a Belo Horizonte e três quilômetros no sentido São Paulo. Neste trecho, as manifestações começaram por volta das 14h de quinta-feira.
A categoria reivindica a regulamentação efetiva da profissão, critica a lei que possibilita a entrada de qualquer pessoa no mercado e a inexistência de acostamentos e pontos de apoio nas margens das estradas, que colocam em risco a vida dos usuários e impede a parada obrigatória do motorista a cada quatro horas de viagem.
De acordo com José Acácio Carneiro, presidente do regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), a categoria hoje está pagando para trabalhar e vai para as estradas no vermelho. Nélio Botelho, presidente nacional da entidade, calcula que, em média, o excesso de oferta de fretistas reduziu o valor do frete em 35% no país. Houve registros de bloqueios de rodovias e queda no movimento de caminhões em ao menos quatro estados, concentrados nas regiões Sul e Sudeste. Além de Minas, foram afetados Espírito Santo (Cachoeiro de Itapemirim , Iconha e Linhares) e Paraná (rodovia que leva ao porto de Paranaguá, ao Mato Grosso e ao Paraguai). (Com Agência Estado)