Estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte estão proibidos de vender sacolas plásticas a partir da próxima quarta-feira, 1º de agosto. Através do Procon-MG, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu decisão administrativa cautelar proibindo a venda.
Sacolas plásticas deixaram de ser distribuídas gratuitamente na capital desde de 18 de abil de 2011, em cumprimento da Lei Municipal nº 9.529. Promulgada com o intuito de preservar o meio ambiente, a lei foi questionada quando foram divulgados estudos que comprovaram que algumas sacolas não eram biodegradáveis, como era recomendado. Entretanto, mesmo que as sacolas atendam às normas de composição estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi constadado que haverá agressão ao meio ambiente pois não há usinas de compostagem na capital.
Outra ponto discutido é o lucro dos supermercados com a venda destas sacolas. Autor do requerimento que corre na Assembleia que discute o assunto, o deputado Alencar da Silveira Junior (PDT), defende a punição aos centros de compras que lucraram com a implantação da lei. Ele explica que foi feito um estudo que revelou um lucro de aproximadamente R$ 8 milhões com a venda das sacolinhas e depois que 157 milhões de sacolas deixaram de circular no comércio de Belo Horizonte.
"Essa nova realidade do mercado - inspirada numa suposta proteção ambiental - teve, como efeito colateral, a formação de cartel e a lesão a outros princípios de ordem econômica, como a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor", diz o promotor de Justiça.
Amis
A Associação Mineira de Supermercados (AMIS), por meio de um comunicado, disse que fará uma reunião na segunda-feira para avaliar a decisão do promotor. De acordo com a entidade 'o promotor deixou claro que não será obrigatória a distribuição gratuita das sacolas biodegradáveis'.A ssociação afirma ainda que 'Belo Horizonte hoje é referência nacional na redução do uso de sacolinhas descartáveis, ao registrar uma queda de 97% no consumo do produto em um ano, ou seja, o produto está com seu uso praticamente extinto na capital'.