O presidente do Banco Mundial (BM), o sul-coreano naturalizado norte-americano, Jim Yong Kim, expressou nesta segunda-feira sua preocupação pela escalada de preços de alguns alimentos, impulsionada pela seca e pela onda de calor nos Estados Unidos, que geram, segundo o BM, "nefastas consequências" para os mais pobres.
"Não podemos deixar que a alta dos preços dos alimentos no curto prazo tenham consequências negativas no longo prazo sobre as populações mundiais mais pobres e vulneráveis", disse em um comunicado Yong Kim.
Já o preço da soja subiu 30% desde o início de junho e 60% desde o final de 2011, segundo o comunicado do banco.
"Os especialistas apostam em uma queda nos preços até o início de junho, após as novas colheitas", disse a entidade, segundo a qual a grave seca que afeta os EUA era difícil de ser prevista.
Os Estados Unidos, que exportam mais da metade do total de milho consumido mundialmente e um quarto do trigo, sofre uma das secas mais graves dos últimos 25 anos.
A falta de água também afeta vários países da Europa do Leste e da Índia.
O BM informou, ao mesmo tempo, que a produção de arroz está em um nível relativamente aceitável, enquanto que em 2008, quando os preços dos alimentos sofreram forte alta, este grão teve seu preço triplicado.