Caminhoneiros devem se reunir nesta terça-feira com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos para negociação. A greve deflagrada pela categoria, na última quarta-feira, permanece suspensa em Minas Gerais, informou o diretor-regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), José Carneiro, desde que a Justiça Federal proibiu o bloqueio das rodovias no estado.
Uma das exigências da categoria é a construção de pontos com infraestrutura nas rodovias para cumprir a lei que determina a jornada de trabalho. Pela nova legislação, a cada quatro horas rodadas, eles precisam parar meia hora para descansar e, após cumprir a jornada do dia, devem parar por 11 horas consecutivas. “É importante ressaltar que nós não somos contra a lei. Só queremos que o governo ofereça condições para cumprirmos essa determinação por meio da construção de postos a cada certa quantia de quilômetros, com infraestrutura como estacionamento e banheiros para que a parada seja cumprida de maneira segura”, disse Erivelto Oliveira, representante do movimento em Carmópolis de Minas.
Outra reivindicação é a redução do preço do óleo diesel. De acordo com Erivelto, o preço do combustível em Minas é 7% maior do que em relação a outros estados. Além disso, os profissionais pleiteiam aumento do frete e que as empresas contratantes paguem os pedágios.
Paralisação proibida pela Justia
A Justiça Federal proibiu os caminhoneiros de bloquearem as rodovias federais que cortam Minas Gerais sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A decisão foi assinada em regime de plantão, pelo juiz federal Pedro Pereira Pimenta, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no fim da noite desse domingo. A justificativa é que as manifestações propostas pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), impedem o trânsito livre e seguro nas rodovias e o direito do cidadão de ir e vir.