Dona da confecção de peças íntimas Sonho da Lua, Vera Lúcia Silva, também é uma das fundadoras da Toque Brasil, uma central de negócios que reúne outros 24 empresários do mesmo setor no Sul de Minas. O grupo se uniu em 2008 para conseguir algumas vantagens, como barganha no preço de matéria-prima – alguns tecidos ficaram até 30% mais baratos. Na mesma região do estado, 24 comerciantes do ramo da construção civil também criaram, em 2009, uma central de negócios semelhante, batizada de Clube da Casa. O presidente da entidade, Agenor Garcia Rosa, conta que o faturamento médio da turma subiu cerca de 40% desde então. Hoje, muitos desses empresários devem trocar experiências em Belo Horizonte, onde vai ocorrer o 5º Encontro Mineiro de Centrais de Negócios na sede da Associação Médica de Minas Gerais, no Centro da capital.
O estado é o terceiro no ranking que leva em conta o número de centrais e redes de negócios, com 89 das 778 entidades nacionais. As primeiras posições são ocupadas por Rio Grande do Sul (168) e São Paulo (91). “Queremos tornar as centrais de negócios mais competitivas e incentivar a formação de redes segmentadas no estado. Os pequenos empresários estão conscientes da importância de se unirem. Do contrário, dificilmente vão permanecer no mercado. Juntos são mais fortes”, alertou a analista da Unidade de Acessos a Mercado e Relações Internacionais do Sebrae Minas, Algeny Gomes Ferreira, acrescentando que o encontro de logo mais vai apresentar relatos de cases de sucesso e ser palco para palestras que terão o associativismo, a gestão de pessoas e processos, o mercado e a liderança como temas principais.
Alguns casos de sucesso serão relatados pelo presidente do Clube da Casa, que agrega empreendimentos do Sul do estado e da Zona da Mata. Agenor Garcia contará, por exemplo, que a empresa do qual é sócio, a Miari & Cia, com sede em Três Pontas, no Sul de Minas, aumentou o faturamento em torno de 50% no confronto entre 2009 e o ano passado, quando a central de negócios foi criada. “No mesmo período, o total de colaboradores das empresas da central de negócios subiu cerca de 40%, de 700 (funcionários) para 980. O faturamento (total dos associados) deve chegar a R$ 200 milhões em 2012”, acredita o empresário.
Seu colega João Maiolini, proprietário da Maiolini Madeiras, acrescenta que a união permite as lojas terem o mesmo layout: “Além de deixar o estabelecimento mais moderno e bonito, a disposição dos produtos em gôndolas facilitou o atendimento”. Os empresários da Toque Brasil, formada por negociantes de peças íntimas de Juruaia, no Sul do estado, também conseguiram maior competitividade no mercado desde a fundação da entidade, em 2008. O próximo objetivo do grupo é comercializar mercadorias diretamente com grandes magazines e ampliar as exportações. “Fazemos reuniões todas as semanas. A troca de experiências é importante para conseguirmos ampliar o mercado”, destaca Vera Lúcia, ressaltando que o faturamento de sua confeção, a Sonho de Lua, dobrou entre 2008 e o ano passado. “Boa parte se deve à central de negócios.”
No campo
Outros 20 empresários do Centro-Oeste e Sul do estado decidiram seguir caminho idêntico e fundaram a Rede do Campo, a primeira entidade mineira dessa natureza a atuar no comércio de insumos agropecuários. “O resultado foi a redução no preço de alguns produtos em cerca de 30%, como no caso dos equipamentos agrícolas”, conta o empresário Rodrigo Cesar Silva Dias, presidente da central que já registra faturamento em torno de R$ 145 milhões. Em média, acrescenta o executivo, a receita dos associados à Rede do Campo saltou 30% nos últimos três anos.
A criação da Rede do Campo permitiu aos empreendedores, devido à barganha junto à indústria, ampliar o mix de produtos. “Na minha loja, por exemplo, os clientes agora podem encontrar equipamentos de ordenhadeira, pet shop e jardinagem. Antes não tinha nada disso e, se tinha , a variedade de produtos era pequena. Antes éramos concorrentes, agora somos parceiros”, diz Rodrigo Dias.
O estado é o terceiro no ranking que leva em conta o número de centrais e redes de negócios, com 89 das 778 entidades nacionais. As primeiras posições são ocupadas por Rio Grande do Sul (168) e São Paulo (91). “Queremos tornar as centrais de negócios mais competitivas e incentivar a formação de redes segmentadas no estado. Os pequenos empresários estão conscientes da importância de se unirem. Do contrário, dificilmente vão permanecer no mercado. Juntos são mais fortes”, alertou a analista da Unidade de Acessos a Mercado e Relações Internacionais do Sebrae Minas, Algeny Gomes Ferreira, acrescentando que o encontro de logo mais vai apresentar relatos de cases de sucesso e ser palco para palestras que terão o associativismo, a gestão de pessoas e processos, o mercado e a liderança como temas principais.
Alguns casos de sucesso serão relatados pelo presidente do Clube da Casa, que agrega empreendimentos do Sul do estado e da Zona da Mata. Agenor Garcia contará, por exemplo, que a empresa do qual é sócio, a Miari & Cia, com sede em Três Pontas, no Sul de Minas, aumentou o faturamento em torno de 50% no confronto entre 2009 e o ano passado, quando a central de negócios foi criada. “No mesmo período, o total de colaboradores das empresas da central de negócios subiu cerca de 40%, de 700 (funcionários) para 980. O faturamento (total dos associados) deve chegar a R$ 200 milhões em 2012”, acredita o empresário.
Seu colega João Maiolini, proprietário da Maiolini Madeiras, acrescenta que a união permite as lojas terem o mesmo layout: “Além de deixar o estabelecimento mais moderno e bonito, a disposição dos produtos em gôndolas facilitou o atendimento”. Os empresários da Toque Brasil, formada por negociantes de peças íntimas de Juruaia, no Sul do estado, também conseguiram maior competitividade no mercado desde a fundação da entidade, em 2008. O próximo objetivo do grupo é comercializar mercadorias diretamente com grandes magazines e ampliar as exportações. “Fazemos reuniões todas as semanas. A troca de experiências é importante para conseguirmos ampliar o mercado”, destaca Vera Lúcia, ressaltando que o faturamento de sua confeção, a Sonho de Lua, dobrou entre 2008 e o ano passado. “Boa parte se deve à central de negócios.”
No campo
Outros 20 empresários do Centro-Oeste e Sul do estado decidiram seguir caminho idêntico e fundaram a Rede do Campo, a primeira entidade mineira dessa natureza a atuar no comércio de insumos agropecuários. “O resultado foi a redução no preço de alguns produtos em cerca de 30%, como no caso dos equipamentos agrícolas”, conta o empresário Rodrigo Cesar Silva Dias, presidente da central que já registra faturamento em torno de R$ 145 milhões. Em média, acrescenta o executivo, a receita dos associados à Rede do Campo saltou 30% nos últimos três anos.
A criação da Rede do Campo permitiu aos empreendedores, devido à barganha junto à indústria, ampliar o mix de produtos. “Na minha loja, por exemplo, os clientes agora podem encontrar equipamentos de ordenhadeira, pet shop e jardinagem. Antes não tinha nada disso e, se tinha , a variedade de produtos era pequena. Antes éramos concorrentes, agora somos parceiros”, diz Rodrigo Dias.