O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu ontem (30) a adoção de mais “medidas decisivas” para enfrentar as ameaças de desmantelamento da zona do euro (que reúne 17 países europeus que adotam a moeda única) em consequência da crise econômica internacional. Em um comício em Nova York, ele disse que a situação econômica nos Estados Unidos ainda é precária e alertou para “ventos contrários nos próximos meses”.
“Passo muito tempo procurando trabalhar com eles. O [secretário norte-americano do Tesouro] Timothy Geithner passa muito tempo trabalhando com eles para garantir que percebam que, quanto mais depressa adotarem medidas decisivas, mais depressa estaremos em melhor posição”, disse o presidente norte-americano.
Obama discursou para uma plateia composta de pouco mais de 60 pessoas, inclusive empresários. “A Europa ainda é um problema e muita gente nesta sala que tem negócios com a Europa compreende isso”, disse ele. “Não [consigo] acreditar de todo que os europeus deixarão o euro se desmoronar”, disse. “[Espero que] adotem medidas decisivas.”
Pela manhã hoje (31), o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse que a Itália e o restante da Europa se aproximam do que chamou de “fim do túnel”, em uma alusão ao término das dificuldades causadas pelos efeitos da crise econômica internacional. Monti começou hoje uma série de viagens à França, à Finlândia e à Espanha.