A proporção de comerciantes otimistas com as vendas do Dia dos Pais diminuiu neste ano. De acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Serasa Experian, 41% dos entrevistados esperam aumento do faturamento para o segundo domingo de agosto em relação às vendas do mesmo período de 2011. No ano passado, a parcela dos empresários que apostavam em aumento de vendas era de 55%. Este ano, 39% esperam estabilidade e 20% preveem queda no faturamento.
A pesquisa ouviu 1.000 empresários e executivos do varejo entre os dias 3 e 13 de julho. A empresa avalia que o menor número de respostas otimistas é consequência do nível de atividade econômica, dos índices de inadimplência e das condições financeiras das empresas.
Os comerciantes mais otimistas são os responsáveis por empresas de grande porte: 72% esperam ampliar o faturamento. Nas médias empresas, a proporção é de 56% e nas pequenas, 41%. Na análise por região, o Norte têm os varejistas mais otimistas (63%), seguido pelo Nordeste (42%), Centro-Oeste e Sul (41% cada) e Sudeste (34%).
Seguindo os resultados do Dia dos Pais do ano passado, os presentes mais procurados em 2012 devem ser roupas, sapatos e acessórios, respondendo por 57% das compras. Na sequência, vêm celular e smartphone (16%); perfumaria e cosméticos (10%); eletrônicos (7%); ferramentas (2%); bebidas (2%); joias, relógio e caneta (2%); produtos de informática (1%); refeição em restaurante (1%) e outros (2%).
Os entrevistados responderam ainda que o tíquete médio de compras deve ser de R$ 134, com 41% dos presentes custando entre R$ 51 e R$ 100. Os gastos entre R$ 101 e R$ 200 devem responder por 26% das compras para a data, seguidos por presentes até R$ 50 (24%), com preços entre R$ 201 e R$ 300 (4%), entre R$ 301 a R$ 500 (3%) e mais de R$ 500 (2%).
A maioria das vendas (51%) deve ser realizada à vista e 49% das compras devem ser feitas a prazo. No ano passado, as compras a prazo responderam por 53% das vendas para a data.
Juros e IPI
Nas grandes empresas, apenas 40% dos entrevistados responderam que já perceberam aumento nas vendas por conta das medidas de estímulo ao consumo implementadas pelo governo. Nas médias empresas, só 28% responderam positivamente à pergunta e, nas pequenas, 24%. A maioria dos entrevistados (70%) respondeu também que os juros baixos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não afetarão suas vendas.