O protesto dos caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, chega hoje (31) ao terceiro dia. Na altura dos municípios de Resende e Barra Mansa, ambos no Rio, o engarrafamento já passa de 20 quilômetros no sentido São Paulo e 14 quilômetros no sentido Rio. Apenas carros de passeio e ônibus estão com passagem liberada no local, mas o tráfego segue lento. Os motoristas pararam os caminhões na faixa da direita nos dois sentidos da rodovia. A manifestação é monitorada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A CCR Nova Dutra, concessionária que administra a Via Dutra, informa, em sua página na internet, que o trânsito na região está lento e fluindo pela faixa da esquerda. O engarrafamento atinge os municípios de Porto Real, Resende, Barra Mansa, na região sul do estado.
A retenção de caminhões na estrada de acesso à capital fluminense já prejudica a oferta de produtos na Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), como batata, laranja e limão. De acordo com a central, dos 100 caminhões carregados de batata com destino diário à Ceasa, apenas 35 conseguiram chegar ao local, o que, segundo o órgão, já pode provocar reflexo nos preços do produto.
Segundo o presidente da Associação Fluminense dos Transportadores de Carga, Isac Oliveira, cerca de 30 caminhões estão a caminho da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, onde será feito mais um protesto com a ocupação de uma das faixas da Rodovia Washington Luiz (BR-040).
Oliveira disse que os motoristas vão reivindicar contra as “várias resoluções da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que estão massacrando os profissionais, principalmente os autônomos”.
De acordo com a Concer, concessionária responsável pela Rodovia Washington Luiz, o trânsito na região é tranquilo e não há nenhuma indicação de protesto no local. Mesmo assim, os técnicos da concessionária estão atentos à movimentação na via, junto com os policiais rodoviários.