Começa hoje em Belo Horizonte a prova de fogo para as sacolinhas de plástico, que há 15 meses sumiram dos supermercados. A venda do produto compostável está proibida em Belo Horizonte, mas a distribuição gratuita, como ocorria até abril do ano passado, também não é obrigatória. O comércio das sacolinhas foi vetado pelo Procon estadual e ontem o promotor de Justiça do Ministério Público estadual (MP), Amauri Artimos da Matta negou o pedido da Associação Mineira de Supermercados (Amis), que solicitou ao órgão prazo de 20 dias para o setor se adequar à nova medida. Segundo os supermercadistas, a orientação é para que a determinação do Procon seja cumprida à risca.
Sem a opção da venda das sacolinhas e com o alto custo da distribuição gratuita do produto compostável, o preço do modelo alternativo, a sacola retornável, encontrado entre R$ 2 e R$ 4, pode cair para menos de R$ 1. A corrida agora é para convencer o consumidor belo-horizontino a aderir de vez ao produto, uma vez que a distribuição do plástico comum e mais barato é vetado pela Lei Municipal 9.529. Por outro lado, o produto ambientalmente correto tem alto custo.
Hoje, quem chegar aos supermercados sem a própria sacola provavelmente terá que acomodar as mercadorias em caixas de papelão. “Cada empresa vai estabelecer as próprias ações, mas não acreditamos em um retorno ao antigo modelo de distribuição gratuita. A adesão ao produto retornável chega a 97%”, garante o presidente da Amis, José Nogueira. Segundo ele, as empresas não têm estoques do produto compostável, de modo que as sacolinhas, que há mais de um ano são vendidas a R$ 0,19, devem ser as próximas a desaparecer do mapa.
Surpreendidos pela decisão do MP, divulgada na última sexta-feira, os supermercados já começaram um movimento alternativo. De acordo com a Amis, entre as ideias que surgiram na reunião de ontem do setor, estão as promoções para vender o produto retornável pela metade do preço em determinados períodos do mês. Também está em estudo a vinculação do valor de compras ao brinde da sacola. Segundo a Amis duas grandes redes já estudam colocar no mercado produtos por menos de R$ 1. Alternativas como embalagens de papel também estão no foco.
História
A novela das sacolas retornáveis começou em Belo Horizonte depois que no ano passado uma lei aprovada pela Câmara Municipal proibiu a venda do produto de plástico por ser nocivo ao meio ambiente, permanecendo no planeta por milhares de anos. No entanto, para o MPE existe a possibilidade de os consumidores estarem sendo vítimas de propaganda enganosa a cada venda de sacola biodegradável, seja pela distribuição de itens falsificados no comércio ou mesmo pela necessidade de descarte em usina de compostagem, que não existe no município.
A medida, que chegou aos consumidores como determinação de cima para baixo, tirou do mercado em pouco mais de um ano perto de 200 milhões de unidade do produto. Segundo levantamento da Amis as 300 redes do varejo, que somam 900 lojas , economizaram no período R$ 5 milhões, mas segundo cálculos do deputado Alencar da Silveira Junior a economia, foi 60% maior, chegou a R$ 8 milhões.
O presidente da Amis disse que a aposta do setor é para consolidar medidas alternativas, já que não é interesse do setor voltar ao passado. “Haverá uma grande concorrência e todos vão acabar oferecendo alguma solução.” A decisão administrativa cautelar do Procon estadual atinge todo o comércio de Belo Horizonte.
Sem a opção da venda das sacolinhas e com o alto custo da distribuição gratuita do produto compostável, o preço do modelo alternativo, a sacola retornável, encontrado entre R$ 2 e R$ 4, pode cair para menos de R$ 1. A corrida agora é para convencer o consumidor belo-horizontino a aderir de vez ao produto, uma vez que a distribuição do plástico comum e mais barato é vetado pela Lei Municipal 9.529. Por outro lado, o produto ambientalmente correto tem alto custo.
Hoje, quem chegar aos supermercados sem a própria sacola provavelmente terá que acomodar as mercadorias em caixas de papelão. “Cada empresa vai estabelecer as próprias ações, mas não acreditamos em um retorno ao antigo modelo de distribuição gratuita. A adesão ao produto retornável chega a 97%”, garante o presidente da Amis, José Nogueira. Segundo ele, as empresas não têm estoques do produto compostável, de modo que as sacolinhas, que há mais de um ano são vendidas a R$ 0,19, devem ser as próximas a desaparecer do mapa.
Surpreendidos pela decisão do MP, divulgada na última sexta-feira, os supermercados já começaram um movimento alternativo. De acordo com a Amis, entre as ideias que surgiram na reunião de ontem do setor, estão as promoções para vender o produto retornável pela metade do preço em determinados períodos do mês. Também está em estudo a vinculação do valor de compras ao brinde da sacola. Segundo a Amis duas grandes redes já estudam colocar no mercado produtos por menos de R$ 1. Alternativas como embalagens de papel também estão no foco.
História
A novela das sacolas retornáveis começou em Belo Horizonte depois que no ano passado uma lei aprovada pela Câmara Municipal proibiu a venda do produto de plástico por ser nocivo ao meio ambiente, permanecendo no planeta por milhares de anos. No entanto, para o MPE existe a possibilidade de os consumidores estarem sendo vítimas de propaganda enganosa a cada venda de sacola biodegradável, seja pela distribuição de itens falsificados no comércio ou mesmo pela necessidade de descarte em usina de compostagem, que não existe no município.
A medida, que chegou aos consumidores como determinação de cima para baixo, tirou do mercado em pouco mais de um ano perto de 200 milhões de unidade do produto. Segundo levantamento da Amis as 300 redes do varejo, que somam 900 lojas , economizaram no período R$ 5 milhões, mas segundo cálculos do deputado Alencar da Silveira Junior a economia, foi 60% maior, chegou a R$ 8 milhões.
O presidente da Amis disse que a aposta do setor é para consolidar medidas alternativas, já que não é interesse do setor voltar ao passado. “Haverá uma grande concorrência e todos vão acabar oferecendo alguma solução.” A decisão administrativa cautelar do Procon estadual atinge todo o comércio de Belo Horizonte.