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Estado de Minas

Mercados são fortemente afetados por falta de medidas do BCE


postado em 02/08/2012 18:31

Os mercados não resistiram nesta quinta-feira à decepção gerada pelo discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que não anunciou medidas imediatas para aliviar as tensões geradas pela crise europeia.

Com isso, as principais bolsas europeias encerraram a sessão desta quinta-feira em forte queda. A Bolsa de Madri foi destaque entre as perdas, como recuo de 5,16% do IBEX 35, a 6.373,4 pontos.

As ações dos grandes bancos espanhóis estavam entre as mais castigadas: Santander perdeu 6,69%, a 4,63 euros, BBVA recuou 6,42%, a 4,941 euros, e CaixaBank caiu 6,51%, para 2,543 euros.

Em Milão, onde os bancos também lideraram as baixas, o FTSE MIB perdeu 4,64%, para 13.283 pontos.

O CAC 40 de Paris perdeu 2,68% e fechou aos 3.232,46 pontos, enquanto que o DAX de Frankfurt baixou 2,20%, a 6.606,09 pontos.

Já o FTSE-100 da Bolsa de Londres baixou 0,88%, a 5.662,3 pontos.

As dívidas de Espanha e Itália também foram penalizadas pela falta de medidas do BCE para reduzir as pressões nos mercados, após a distensão vivida nos últimos dias.

O rendimento do bônus a 10 anos da Espanha fechou acima de 7%, a 7,165%, contra 6,732% na quarta-feira, no mercado secundário. Já o italiano foi a 6,327%, contra 5,931% na véspera.

Por sua vez, a taxa de risco espanhola - diferença entre o bônus da dívida a dez anos com o alemão, de referência - chegou a 593,810 pontos e o italiano a 510 pontos.

Nestas circunstâncias, os investidores se refugiam na dívida de países sólidos. Assim, as taxas de Alemanha recuaram a 1,227% (contra 1,368%) e as da França a 2,054% (2,097%).

Fora da zona euro, as taxas para os bônus britânicos a 10 anos caíam a 1,439%, contra 1,516% na véspera, e as dos Estados Unidos recuavam a 1,454%, contra 1,524% na véspera.

"O mercado se viu totalmente desconcertado pelo discurso de Mario Draghi, o que reforça a incerteza sobre as perspectivas econômicas da zona do euro, minando a moral dos investidores", resumiu Myrto Sokou, analista da corretora Sucden.


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