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Estado de Minas

Dólar sobe a R$ 2,050 após BCE limitar-se a promessas


postado em 02/08/2012 18:32

Sem medidas práticas adotadas pelo Federal Reserve (Fed) e pelo Banco Central Europeu (BCE), a aversão ao risco voltou a tomar conta dos mercados financeiros, resultando no fortalecimento do dólar ante o euro e as moedas emergentes. No mercado à vista de balcão, a divisa norte-americana encerrou a sessão desta quinta-feira cotada a R$ 2,05, com alta de 0,34%. Na BM&F, o pronto encerrou o pregão a R$ 2,0482, com valorização de 0,21%, e o contrato futuro de setembro mostrava aumento de 0,22%, a R$ 2,0615, às 16h43.

Para alguns especialistas, o impulso do dólar não foi maior devido ao fluxo positivo de recursos na sessão desta quinta-feira. Segundo avaliação do gerente de mesa da Icap Brasil, Ítalo Abucater, "estamos tendo um início de mês com entradas pelos segmentos financeiro e comercial". A sua projeção é de que, sem as entradas de dólares, as frustrações com as posições do Fed e do BCE poderiam ter colocado a cotação do dólar numa faixa de R$ 2,07 a R$ 2,08. Abucater também ressaltou a volatilidade maior do euro, que não foi replicada no mercado doméstico.

Depois de ter sido negociada na casa de US$ 1,22 no início do dia, a moeda única subiu a US$ 1,24 com expectativas positivas em relação à fala do presidente do BCE, Mário Draghi, e caiu para níveis de US$ 1,21, depois que ele se limitou a traçar um cenário ruim para a Europa e a fazer promessas de retomar as compras de bônus de países em dificuldade. "Não anunciou nada prático imediato, o euro oscilou fortemente, mas o real ficou mais ou menos em linha", completou.

Para o operador da Corretora Renascença, José Carlos Amado, esse comportamento comedido das cotações do dólar ante o real estão associadas ao fato de que os investidores sabem que o Banco Central continua vigilante e não deve permitir que o dólar saia do intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,10. Esse nível é considerado confortável tanto do ponto de vista da inflação quanto em relação à produção e tem sido defendido pela autoridade monetária e pelo governo por meio de medidas cambiais e por declarações.

Bolsa sobe

A Bovespa seguiu seus pares no exterior e sucumbiu à realização de lucros nesta quinta-feira após o discurso frustrante do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Internamente, a queda das ações da Petrobras e da Vale também contribuiu para o desempenho negativo da Bolsa.

Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 1,37%, aos 55.520,40 pontos. Na mínima, o índice atingiu 55.239 pontos (-1,87%) e, na máxima, 56.289 pontos (-0,01%). No mês, a Bolsa passou a cair 1,03% e, no ano, 2,17%. O giro financeiro ficou em R$ 5,601 bilhões.


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