O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse ontem que o setor automotivo poderá manter o nível de emprego mesmo se o governo não prorrogar a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), prevista para acabar dia 31.
“Entendemos que, com a redução dos juros, a economia como um todo crescerá. Dá para manter o nível de emprego. Eventualmente, uma montadora ou outra poderá ter reduções, mas como média do setor queremos que a economia toda cresça e que todo mundo possa comprar carro”, afirmou Belini, após se reunir com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, em Brasília.
O executivo antecipou que a entidade divulgará na segunda-feira dados que deixarão o governo animado. “O balanço de julho foi altamente positivo”, garantiu Belini. Ontem, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) também comemorou os números de julho. As vendas subiram 22,04% em comparação ao mesmo mês de 2011 e alta de 3,15% em relação a junho deste ano, segundo a entidade.
Para Belini, mesmo com a turbulência financeira na Europa, as montadoras associadas à Anfavea vão manter os investimentos. Ele assegurou que os US$ 22 bilhões previstos pelo setor até 2015 são factíveis. “A crise externa atrai o investimento para cá. O investimento vai aonde tem mercado”, completou.
Metalúrgicos da GM
Os metalúrgicos da unidade da General Mortos (GM) em São José dos Campos (SP) decidiram parar as atividades ontem e retornar ao trabalho apenas hoje. A manifestação interrompeu o trânsito da Rodovia Presidente Dutra pela manhã. De acordo com nota divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a empresa concedeu licença remunerada ontem a todos 7,2 mil trabalhadores. (Com agências)