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Estado de Minas

Filhos devem comprar lembrancinhas para os pais

Pesquisa da CDL mostra que 54,46% dos filhos pretendem gastar até R$ 100 no presente e que, para o consumidor, o bom atendimento chega a ser mais importante que o preço baixo


postado em 03/08/2012 06:00 / atualizado em 03/08/2012 06:53

Apenas três em cada 10 comerciantes de Belo Horizonte confiam que as vendas para o Dia dos Pais, no segundo domingo de agosto, serão maiores do que as registradas em 2011. A maioria (42,73%) avalia que o volume negociado será igual ao do ano passado. Pessimistas, os outros 30% esperam queda. Os percentuais fazem parte de uma pesquisa divulgada ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) junto a 200 empresários. Apesar de a minoria acreditar na alta das vendas, a entidade trabalha com a expectativa de o faturamento dos associados crescer de 2% a 3,5%, podendo alcançar a cifra de R$ 1,78 bilhão.

O vice-presidente da entidade, Marco Antônio Gaspar, justifica que o alto endividamento das famílias é o principal motivo do freio da expectativa dos lojistas para o Dia dos Pais. “A redução do IPI para a linha branca, material de construção e veículos levou o consumidor a se endividar a longo prazo. Dessa forma, ao fim do ano, empate (em volume de vendas em relação a 2011) será comemorado como lucro pelos setores que não foram contemplados.”

Diante disso, o Dia dos Pais será das lembrancinhas. A maioria dos filhos (54,46%) pretende gastar até R$ 100 com o presente. A boa notícia é que 39,41% pretendem pagar as compras em dinheiro. Assim como nos anos anteriores, novamente as roupas serão a escolha da maioria dos filhos (34,16%). Em seguida, os papais serão presenteados com calçados (15,4% dos entrevistados), eletroeletrônicos (7,96%), artigos esportivos (7,79%), perfumes (5,84%), relógios (5,49%), CDs e DVDs (4,25%), aparelhos de telefone celular (4,25%), carteiras e cintos (3,89%), entre outros.

Os shoppings são os locais prediletos de compras para 44,07% dos clientes. Desse total, 34,16% vão aos principais centros comerciais, como o BH Shopping, que investiu R$ 350 mil numa campanha para a data e espera aumento de 10% nas vendas e de 2% no trafego de pessoas. No DiamondMall, as vendas devem saltar 12%. A superintendente do empreendimento, Lívia Paolucci, avalia que parte do aumento será reflexo da mostra A história do automobilismo, uma das grandes paixões do universo masculino e que estará no local até 13 de agosto. Trata-se de um acervo com 40 minirréplicas de carros de corrida, troféus históricos originais e painéis fotográficos.

Na pesquisa da CDL, também chama atenção o percentual que declarou optar pelos shoppings populares (7,92%). Leonardo Augusto Cunha é comerciante no Shopping Uai, no Centro, e está entre os comerciantes que acreditam em aumento nas vendas: “Espero uma alta de 40%. Tanto que reforcei o estoque”.

A Savassi é a opção de 5,45% dos entrevistados. Vale lembrar que a região foi revitalizada e, desde anteontem, as lojas de quatro quarteirões da Rua Antônio de Albuquerque estão autorizadas a funcionar até as 21h nos dias úteis e até as 18h nos sábados.

Os comerciantes pretendem abusar das estratégias para garantir boas vendas. A principal delas é a dupla descontos e promoções (33,66%). A publicidade também é vista como arma poderosa e vai ser usada por boa parte dos empresários (27,72%). Mas os lojistas devem estar atentos. Segundo a pesquia, o que mais agrada aos consumidores durante as compras é o atendimento qualificado (24,64%). Essa resposta foi, inclusive, superior ao percentual de clientes que apostam no preço (18,72%), nas facilidades de pagamento (9,24%), na proximidade de casa (7,35%), no acesso/estacionamento (6,16%), na qualidade do mix de mercadoria (5,69%) e até na segurança (4,5%).


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