Brasília – O governo recebeu com alívio o acordo fechado na noite de sábado entre a General Motors (GM) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, sobre o futuro dos postos de trabalho da unidade da montadora na cidade do interior paulista. Ciente dos principais termos de negociação entre as partes já na quarta-feira, quando obteve da empresa a garantia de que não iria demitir funcionários, o governo temia que um caso pontual acabasse arranhando a imagem positiva em relação à isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que está em vigor desde maio. O incentivo deverá acabar no fim deste mês.
"Existia uma preocupação adicional de que a situação da GM prejudicasse ou distorcesse toda a avaliação do programa, que tem sido bem-sucedido", disse uma fonte próxima às negociações, que pediu para que seu nome não fosse publicado. A isenção do IPI ajudou a elevar as vendas do setor e levou o mês de junho – e o do primeiro semestre do ano – a bater recorde de comercialização de veículos. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelam que na primeira metade de 2012 foram vendidos 1.449.787 carros, 3% a mais do que no período de janeiro a junho do ano passado.
O governo ainda não decidiu se continuará com o programa por mais alguns meses. Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o prazo se encerra em 31 de agosto, com o governo cumprindo tudo o que foi combinado. Apesar disso, muitos apostam na prorrogação do incentivo, a exemplo do benefício concedido para fazer frente aos impactos da crise de 2009, que acabou estendido, e da redução do IPI para eletrodomésticos da linha branca, prorrogada por duas vezes este ano.
Dentro do governo, porém, a regra é sempre a de lembrar que o prazo está no fim. Também na terça-feira, Mantega se reuniu com representantes da Anfavea e da GM. Na ocasião, mostrou-se satisfeito com o desempenho da fábrica até ali. No dia seguinte, porém, com o clima de que as demissões na fábrica seriam inevitáveis, o ministro voltou a conversar com diretores da montadora para fazer cobranças. Recebeu o compromisso da GM de que não haveria mais demissões naquela planta. Foi nesse momento que a possibilidade de layoff (suspensão temporária) foi apresentada pela primeira vez ao governo, ainda de forma genérica. No sábado, a GM e o sindicato decidiram colocar 940 funcionários nesse tipo de férias coletivas até 30 de novembro. Nesse período, a montadora abrirá um programa de demissão voluntária para tentar reduzir o quadro de pessoal na fábrica.
Apesar desse compromisso, Mantega decidiu reforçar sua posição publicamente na sexta-feira, ressaltando que não iria tolerar o descumprimento do acordo – a isenção do IPI pressupõe manutenção dos empregos no setor. O ministro ficou satisfeito com a notícia do acordo, obtido após um dia inteiro de negociações entre as partes e a participação de várias esferas do governo, inclusive do federal, que foi representado pelo Ministério do Trabalho.
"Existia uma preocupação adicional de que a situação da GM prejudicasse ou distorcesse toda a avaliação do programa, que tem sido bem-sucedido", disse uma fonte próxima às negociações, que pediu para que seu nome não fosse publicado. A isenção do IPI ajudou a elevar as vendas do setor e levou o mês de junho – e o do primeiro semestre do ano – a bater recorde de comercialização de veículos. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelam que na primeira metade de 2012 foram vendidos 1.449.787 carros, 3% a mais do que no período de janeiro a junho do ano passado.
O governo ainda não decidiu se continuará com o programa por mais alguns meses. Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o prazo se encerra em 31 de agosto, com o governo cumprindo tudo o que foi combinado. Apesar disso, muitos apostam na prorrogação do incentivo, a exemplo do benefício concedido para fazer frente aos impactos da crise de 2009, que acabou estendido, e da redução do IPI para eletrodomésticos da linha branca, prorrogada por duas vezes este ano.
Dentro do governo, porém, a regra é sempre a de lembrar que o prazo está no fim. Também na terça-feira, Mantega se reuniu com representantes da Anfavea e da GM. Na ocasião, mostrou-se satisfeito com o desempenho da fábrica até ali. No dia seguinte, porém, com o clima de que as demissões na fábrica seriam inevitáveis, o ministro voltou a conversar com diretores da montadora para fazer cobranças. Recebeu o compromisso da GM de que não haveria mais demissões naquela planta. Foi nesse momento que a possibilidade de layoff (suspensão temporária) foi apresentada pela primeira vez ao governo, ainda de forma genérica. No sábado, a GM e o sindicato decidiram colocar 940 funcionários nesse tipo de férias coletivas até 30 de novembro. Nesse período, a montadora abrirá um programa de demissão voluntária para tentar reduzir o quadro de pessoal na fábrica.
Apesar desse compromisso, Mantega decidiu reforçar sua posição publicamente na sexta-feira, ressaltando que não iria tolerar o descumprimento do acordo – a isenção do IPI pressupõe manutenção dos empregos no setor. O ministro ficou satisfeito com a notícia do acordo, obtido após um dia inteiro de negociações entre as partes e a participação de várias esferas do governo, inclusive do federal, que foi representado pelo Ministério do Trabalho.