O euro perde terreno ante o dólar nesta segunda-feira, com investidores se mostrando desinteressados pela moeda única europeia em meio à crise da zona do euro e o recorde de baixa das taxas de juros da região. As moedas emergentes, por outro lado, ampliam os ganhos acumulados antes do fim de semana.
O florim húngaro e o zloti polonês continuam a subir frente ao euro, ainda sustentados pelo relatório de emprego dos EUA, que abriram mais novas vagas do que o esperado em julho, segundo dados divulgados na última sexta-feira. Enquanto a moeda polonesa atingia seu maior nível em um ano, a da Hungria operava na maior alta em 11 meses. Também avançavam a coroa checa e a lira turca.
"Com um fluxo de notícias muito fraco hoje, o indicador dos EUA foi forte o suficiente para animar os mercados um pouco", disse Paul Robinson, chefe de estratégia cambial do Barclays, em Londres.
O euro, no entanto, não se deixou levar pela animação e passou a cair depois de bater a máxima de US$ 1,2444 no começo dos negócios na Ásia, apesar de uma nova redução nos yields (retorno ao investidor) de títulos emitidos por países da zona do euro em dificuldades, incluindo a Espanha.
Analistas dizem que o mercado de câmbio está em modo de espera, se preparando para possíveis surpresas negativas que tenham a zona do euro como origem. "Nesta semana, não acho que ficar posicionado no euro ante o dólar seja uma ideia fantástica", disse Robinson.
Às 8h45 (pelo horário de Brasília), o euro caía para US$ 1,2370, de US$ 1,2385 no fim da tarde de sexta-feira, e para 96,91 ienes, de 97,20 ienes, enquanto o dólar recuava para 78,34 ienes, de 78,48 ienes. A libra cedia para US$ 1,5567, de US$ 1,5636. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal operava a 71,569, de 71,462. As informações são da Dow Jones.