O governo do Sudão do Sul afirmou que pode retomar a produção de petróleo em setembro, depois de chegar a um acordo com o vizinho Sudão sobre tarifas de transporte da commodity. No entanto, persistem incertezas com relação ao preço estipulado pelo acordo e às questões de segurança na fronteira entre os dois países.
Em um comunicado o Sudão do Sul disse que as companhias de petróleo que operam no país precisarão de três a quatro semanas para retomar a produção, que é vital para a economia local. "Nós fomos informados pelas nossas empresas de petróleo que 80% dos poços do país estarão prontos para serem reiniciados até setembro", declarou Pagan Amum, líder da negociação sobre petróleo do Sudão do Sul, no comunicado.
Após meses de negociações, os dois países que até recentemente eram unidos concordaram em permitir que o Sudão do Sul retome a exportação de cerca de 350 mil barris por dia de petróleo por meio de portos e oleodutos sudaneses. Mas o Sudão alertou que nenhum acordo será assinado até que haja um trato sobre a restauração da segurança nas fronteiras entre os países.
Segundo Amum, o Sudão do Sul pagará pelo menos US$ 8,40 por barril para usar o oleoduto operado pela Greater Nile Petroleum Operating e pelo menos US$ 6,50 por barril para usar o oleoduto operado pelo consórcio liderado pela China conhecido como Petrodar. As duas vias passam pelo Sudão em direção a um porto no Mar Vermelho. Os números contradizem o valor de US$ 15 por barril anunciado anteriormente por autoridades do Sudão.
Os negociadores deverão voltar para a Etiópia no fim desta semana para dar continuidade às conversas sobre demarcação da fronteira e áreas disputadas, como Abyei.