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Estado de Minas

Bolsa de Madri sobe 4,4% após rumores de ajuda à Espanha


postado em 06/08/2012 15:09

A Bolsa de Madri manteve sua trajetória de alta nesta segunda-feira e fechou com ganho de 4,41%, com os investidores reagindo a rumores de compra de dívida espanhola de curto prazo por fundos de ajuda europeus.

A alta desta sessão, a quarta maior do ano, elevou o Ibex-35 a 7.053,6 pontos, uma alta que se soma aos 6% de sexta-feira, com o mercado à espera de que o Banco Central Europeu intervenha para frear a crise da dívida que ameaça tanto a Espanha como a Itália.

Após uma suspensão de várias horas devido a uma falha técnica, conforme informou o administrador do Bolsas e Mercados Espanhóis (BME) - grupo que integra todos os mercados e sistemas financeiros da Espanha -, a cotação foi retomada pouco antes das 13H00 GMT (10H00 de Brasília), com uma alta de 1,7%, e em seguida o Ibex-35 acelerou seus ganhos.

A maioria das principais ações registrou fortes ganhos: Repsol ganhou 9,27%, a 14,56 euros, Iberdrola subiu 8,04%, a 3,105 euros, Telefónica +4,81%, a 9,8 euros. Entre os valores bancários, o Santander ganhou 4%, a 5,19 euros, o BBVA subiu 4,51%, a 5,59 euros. Já o Caixabank, que passa pela compra do Banco Cívica, perdeu 3,29%, a 2,585 euros.

"A principal causa das altas são os fortes compras da dívida a 2 anos, que estão sendo vendidas no mercado secundário de renda fixa e que levaram o bônus espanhol a 2 anos a marcar mínimas em 3 meses", explicou à AFP Soledad Pellon, da IG Markets. "Ao que parece, foram filtradas informações de que o fundo de resgate poderia intervir nesse mercado e os bancos têm se adiantado para não perder a alta dos preços dos mesmos", completou.


Já o rendimento do bônus espanhol de dívida a dez anos chegou a recuar para 6,738%, assim como a taxa de risco - diferença paga com o alemão - que se situava em 534,320, mas freou sua queda ao final da tarde. Nesta segunda-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, conversou por telefone com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, sobre a situação econômica na zona do euro, anunciou a Casa Branca.

A conversa acontece depois de Rajoy ter garantido, na sexta-feira, que seu país continuará com as políticas de austeridade e apresentará a Bruxelas um plano de ajuste de 102 bilhões de euros até 2014. Estes ajustes, que incluem o plano de austeridade de 65 bilhões, anunciado em julho, figuram no projeto de orçamento 2013-2014, que Madri prometeu a seus sócios europeus quando prorrogaram para até 2014 o prazo para reduzir seu déficit público a menos de 3%.

Rajoy descartou a possibilidade de um plano de "resgate" global para seu país. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, declarou na quinta-feira passada que a instituição monetária está disposta a intervir no mercado secundário da dívida, mas só se os fundos de ajuda europeus - o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e seu sucessor, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) - fizerem o mesmo.

Isso significa que os Estados em dificuldade terão que pedir antes ajuda a seus sócios europeus e acatar as duras exigências de reformas. Os mercados pareciam antecipar esta demanda de ajuda da Espanha, que já tem a luz verde da Eurozona para um pacote de ajuda de 100 bilhões de euros para recapitalizar aos bancos afetados pelo estouro da bolha imobiliária em 2008.

"Parece provável que a Espanha solicite e receba ajuda do FEEF e do BCE", disse Jennifer McKeown, economista do gabinete de análises Capital Economics, em uma nota de análise, sem precisar a data. "Contudo, os fundos disponíveis não parecem ser suficientes para resolver os problemas do país", continuou, projetando que a Espanha precisaria de 200 bilhões de euros até o final de 2013 e de mais 300 bilhões para o final de 2014. "O FEEF e o BCE poderiam conseguir esse montante", disse.


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