Apesar da conhecida falta de gás disponível para novos projetos termoelétricos, o próximo leilão A-3, marcado para outubro, deverá contar com algumas "poucas" usinas movidas a este insumo, segundo o diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) José Carlos de Miranda. Ele diz que várias térmicas se cadastraram para participar do leilão, mas provavelmente poucas conseguirão ser habilitadas, tendo em vista a exigência de comprovação do fornecimento de combustível.
"Teremos sim algumas que terão essa disponibilidade e deverão participar do leilão, mas isso está em processo de análise". Miranda participou, nesta terça-feira, do 13º Encontro Internacional de Energia, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), realizado em São Paulo.
De acordo com Miranda, o grupo OGX, que tem gás próprio, deve estar presente no leilão. "Mas isso depende da análise da documentação que a regulamentação exige", disse. Ele não citou outros potenciais participantes ou quais seriam os fornecedores de gás, salientando a documentação ainda está em análise. Os empreendedores cadastrados tinham até a segunda-feira para encaminhar à EPE a documentação.
O diretor da EPE comentou que devem ser cadastrados também diversos projetos eólicos, algumas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), térmicas a biomassa e ampliações de hidrelétricas. "Mas todas no processo de habilitação técnica". Os habilitados devem ser definidos entre o final de setembro e início de outubro.