O Brasil deve integrar em breve a Agência Internacional de Energias Renováveis, chamada de Irena. A previsão é do secretário executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Francisco Romário Wojcicki. Criada em 2009, a instituição privilegia a energia eólica e a fotovoltaica como fontes renováveis, o que originou um distanciamento entre o Brasil e a agência.
A diferença na interpretação do que são fontes renováveis está sendo reduzida. "Vai haver mais uma rodada de discussões e o Brasil tende a se aproximar e a ingressar (na Irena). As dificuldades estão sendo superadas passo a passo", afirmou o secretário, que participou nesta terça-feira do 13º Encontro Internacional de Energia, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O principal impasse entre a entidade e o governo brasileiro era referente à matriz hidrelétrica, não considerada limpa e renovável pela Irena.
Ao aderir ao grupo, o Brasil passará a ter acesso a tecnologias e informações importantes do universo de fontes renováveis, segmento em que o País é uma das referências mundiais por sua matriz energética sustentada em recursos hídricos, geração relevante a partir de biocombustíveis e produção crescente de complexos eólicos, entre outras rotas sustentáveis de geração elétrica.