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Estado de Minas

Petróleo fecha em forte alta em Nova York e Londres


postado em 07/08/2012 19:00

Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta terça-feira em Nova York e em Londres, alcançando a máxima desde meados de maio, devido a uma queda do dólar e às expectativas de uma intervenção de curto prazo dos bancos centrais para impulsionar a economia.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em setembro subiu US$ 1,47 com relação ao fechamento de segunda-feira, a US$ 93,67 no New York Mercantile Exchange (Nymex), seu nível máximo desde 15 de maio.

No IntercontinentalExchange (ICE) de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para o mesmo prazo fechou a US$ 112,00, uma alta de US$ 2,45. O mercado esteve mais propenso ao risco, embora com poucos volumes de negócios e muito volátil, seguindo a tendência de outros mercados financeiros.

"Os preços do petróleo seguem sua tendência a alta", destacou Matt Smith, da Summit Energy, apesar dos dados econômicos provenientes da Europa. A commodity reagiu até mesmo a indicadores econômicos negativos desta terça-feira. Os pedidos industriais na Alemanha caíram 1,7% em junho, com relação ao mês anterior, uma queda maior que o esperado pelos analistas, enquanto o PIB da Itália se contraiu 0,7% no segundo trimestre de 2012.


"Um mercado que não desaba diante de notícias negativas é um mercado com uma forte tendência a alta", acrescentou o analista, que considerou que o aumento dos preços do petróleo ainda não foi concluído.

Para Fadel Gheit, analista especializado em matérias-primas da empresa Oppenheimer, "a percepção do mercado mudou, apesar de a situação econômica ainda ser frágil na Europa, com uma elevada taxa de desemprego e abundância das reservas de petróleo nos Estados Unidos".

Além da esperança de uma intervenção a curto prazo dos bancos centrais europeus e norte-americanos para impulsionar a economia, Gheit citou as tensões na Síria e no Irã. "Os temores de conflitos na região e o medo de uma perturbação da oferta de petróleo nesta zona produtora contribuíram para a alta", explicou.

Assim, os preços de petróleo chegaram a níveis elevados, com lucros de 15% para o Brent e de 22% para o WTI em um mês e meio, depois que as cotações caíram no final do mês de junho, em um mercado preocupado pela demanda.


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